Cidades

Governo e MPDFT entram com recurso contra liminar que suspendeu derrubadas

Apesar da guerra de liminares que atrasa a legalização dos condomínios do DF, o Executivo local se dedica a resolver a questão o mais rápido possível. Alguns setores estão com os processos adiantados e aguardam a venda direta

Flávia Maia
postado em 28/08/2016 08:10
Operação de derrubada no Altiplano Leste, entre o Lago Sul e o Paranoá: moradores e o Executivo local travam batalha judicial  para resolver o problema fundiário no local

A liminar que suspendeu as derrubadas de casas em área irregular no Altiplano Leste sofrerá duas ofensivas nesta semana. Tanto o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) quanto o GDF entrarão com recurso contra a decisão do desembargador Flávio Rostirola, da 3; Turma Cível do Tribunal de Justiça (TJDFT). O magistrado determinou a interrupção da ação da Agência de Fiscalização (Agefis) sob a alegação de que as demolições não seguiram o devido processo legal. Entretanto, o Executivo local e o MPDFT entendem que a ocupação dos condomínios na região entre o Paranoá e o Lago Sul é ilegítima e que a Agefis deve continuar com os trabalhos de remoção.

Segundo a Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), tanto o Mini-chácaras do Altiplano Leste quanto o Condomínio Privê Morada Sul, Etapa C, e o Condomínio Estância Quintas da Alvorada são irregulares e não passíveis de regularização. Eles não têm previsão no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) vigente, não foram contemplados pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2007 ; firmado entre a Terracap, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o MPDFT ;, fazem parte da Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São Bartolomeu e estão construídos em área pública, pertencente à Terracap.

Contra os condomínios, contam-se ainda os inúmeros processos judiciais, considerando a ocupação ilegítima com autorização de demolição das edificações. Porém, muitas derrubadas foram paralisadas por liminares como a última concedida por Rostirola. Na última operação da Agefis, estavam previstas demolições das casas construídas a partir de julho de 2014. De acordo a Prourb, somente no Estância Quintas da Alvorada foram erguidas 189 edificações entre aquela data e dezembro de 2015. Para conter o avanço das invasões, no entendimento da Promotoria, o correto é a demolição de todas as obras.

Apesar da guerra de liminares que atrasa a legalização dos condomínios do DF, o Executivo local se dedica a resolver a questão o mais rápido possível. Alguns setores estão com os processos adiantados e aguardam a venda direta

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação