Cidades

Mulher passa por cirurgia de transplante de coração, mas precisa de sangue

O organismo de Dinalva Gomes, 39 anos, rejeitou o órgão e ela está internada em uma tentativa de reverter o quadro. A situação fez com que a mulher perdesse muito sangue. A família pede doações

Ailim Cabral
postado em 17/09/2016 12:26
A prontidão dos paramédicos possibilitou que, após sete anos de espera, paciente conseguisse o transplante de coração
Em mais um capítulo da batalha por um coração, Dinalva Gomes, 39 anos, conseguiu o transplante na madrugada deste sábado (17/9). Porém, o organismo rejeitou o órgão e ela está internada em uma tentativa de reverter o quadro, tendo perdido muito sangue. A família pede doações para o abastecimento dos bancos de sangue.

Segundo o marido de Dinalva, Gisélio Pereira de Sena, 39, ela está ligada a aparelhos que mantém o coração batendo. ;Vai ficar assim de 48 a 72 horas para ver se o coração volta a funcionar sozinho;, lamenta. Em decorrência dos múltiplos procedimentos, Dinalva precisa de diversas transfusões.

O Serviço de Urgência Móvel (Samu) pede que a população doe qualquer tipo de sangue no Hemocentro de Brasília o mais rápido possível.

Dinalva e o marido estavam em casa após a moradora de Ceilândia Sul passar por um período de internação quando receberam a ligação de que ela poderia receber um coração. ;Na correria;, como definiu Gisélio, eles se encaminharam para o Hospital das Forças Armadas (HFA), onde Dinalva começou a cirurgia por volta de meia-noite. Ela ficou em procedimento até às 6h da manhã, quando começaram as complicações.
Entenda o caso
Dinalva tem problemas cardíacos há sete anos. Há seis meses entrou na fila do transplante e na manhã do dia 6 de setembro, acordou com uma ligação do Instituto do Coração avisando-a sobre a disponibilidade de um coração. Mas ela teria que chegar em 30 minutos. A caminho do hospital, porém, ela e o marido ficaram presos num engarrafamento no viaduto de Samambaia, sentido Taguatinga. O marido ligou para o Samu e uma equipe foi mobilizada para resgatá-los.

Quatro batedores e uma ambulância se dirigiram ao local. Dinalva foi colocada no veículo enquanto os batedores abriam caminho entre os carros e interditavam temporariamente as vias. Em menos de 10 minutos ela estava dentro do Incor, no Sudoeste.
Dinalva, no entanto, não pode receber o órgão. A equipe médica descobriu que ela não poderia passar pelo procedimento pois tinha complicações de saúde. O órgão então, foi transplantado para a segunda pessoa da fila de espera.

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