Cidades

Aos 54 anos, morre Ronaldo de Oliveira, fotógrafo do Correio Braziliense

Colega de trabalho lutava contra um câncer de intestino havia dois anos

postado em 30/09/2016 20:12

Colega de trabalho lutava contra um câncer de intestino havia dois anos

O fotógrafo do Correio Braziliense Ronaldo Eustáquio de Oliveira, de 54 anos, morreu na tarde desta sexta-feira (30/9), em Uberlândia (MG). Ele lutava contra um câncer de intestino havia mais de dois anos e estava internado há dois meses por conta de uma infeccção.

Muito querido pelos colegas de trabalho, Ronaldo deixa a mulher, Luzia, e dois filhos, Bárbara e Ronaldo. O mineiro de Belo Horizonte trabalhou no Correio por mais de 20 anos. Era apaixonado por pautas factuais e adorava registrar manifestações. "Quando ia fazer uma pauta, no momento das fotos, ele sempre buscava uma flor em meio às tragédias do cotidiano", contaram, emocionados os colegas de profissão.

Com um olhar sempre sensível, Ronaldo ganhou dois prêmios de fotografia.

Colega de trabalho lutava contra um câncer de intestino havia dois anos

Depoimento de Marcelo Abreu:

"Morreu o meu amigo Ronaldo de Oliveira, que nunca quis ter FB. Morreu o marido de Luz Mendes. O pai de Bárbara e Ronaldinho. Morreu o fotógrafo que era a verdadeira luz. Tudo com ele vibrava e ficava mais iluminado. Morreu o cara com quem dividi parte das minhas melhores histórias no jornal. Morreu o cara que me emocionava, mesmo quando nada dizia. Mineiro é assim: fala pouco, mas ouve bem. Morreu meu amigo, que me esperava prum café em Uberlândia. Eu prometi que ia. Não deu tempo. Morreu um SER HUMANO completa e comoventemente DO BEM. Morreu uma das pessoas de quem eu mais gostava e em quem mais confiava na vida. Morreu a LUZ! É melhor não tentar entender muito a vida. Talvez só Deus entenda.

Vai, meu amigo. Vai iluminar o céu. Tô chorando. Isso não combinava contigo. É melhor olhar pro céu e tentar ver uma estrela brilhando. Será tu. Pena que o céu de Brasília hoje esteja nublado e feio. Mas eu não desistirei. Eu vou te contar as histórias daqui. E pensarei na tua luz deixando a página incrivelmente bonita. Pensarei nas conversas que teríamos antes, durante e depois da apuração da matéria. Pensarei nas nossas gargalhadas, na escolha do lugar onde almoçaríamos. E vou esquecer, por um momento, que partiste".

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