Cidades

Ligações clandestinas deixam moradores de São Sebastião sem água

A falta d'água é consequência dos desvios feitos por um loteamento irregular próximo ao bairro, segundo a Caesb

postado em 14/10/2016 21:57

Moradores do bairro Bela Vista, em São Sebastião, sofrem com a falta de água há mais de um mês. Segundo Alexandrina Maria da Conceição, 42 anos, os moradores já entraram em contato com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e a Agência Reguladora de Águas Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) por diversas vezes e foi informada que a falta d;água é consequência dos desvios feitos por um loteamento irregular próximo ao bairro. A versão foi confirmada, em nota, pela própria Caesb.

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Os moradores afirmam que a companhia realizou uma limpeza em algumas canos, o que melhorou o fluxo no local. Em algumas casas a água voltou na tarde de quinta-feira (12/10), mas a alegria durou pouco tempo. Priscilla Moraes Quaresma, 31 anos, também moradora do bairro, afirma que ;só deu tempo de encher um tambor, alguns baldes e limpar a casa;. "Complicado para mim, que tenho uma filha de 7 anos. Precisando de água para ela beber, tomar banho, sem falar na higiene pessoal. Nunca tinha passado por nada parecido. Já ficamos sem água 1 ou 2 dias. Mas não tantos dias;, desabafou a cuidadora de idosos.

Na manhã da última terça-feira (11/10), a Caesb compareceu ao local para realizar a retirada das ligações clandestinas, mas os moradores da área irregular não permitiram que a operação fosse realizada. Em nota, a companhia alegou que os chamados "gatos", além de desviar a água, fazem com que a pressão diminua, principalmente durante o dia. As ações de combate a essas irregularidades começaram na semana retrasada e serão intensificadas nos próximos dias, com o auxílio da polícia e de outros órgãos.

Até a noite desta sexta-feira (14/10), moradores das ruas 6, 7 e 8 continuavam sem água, mas as contas chegam normalmente às casas. Para Alexandrina Maria, a sensação é de indignação e descaso. Segundo ela, os moradores estão se mobilizando para encaminhar um abaixo-assinado ao Ministério Público pedindo que o problema seja resolvido com urgência.

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