Cidades

Policial agride mulher durante desocupação de área invadida no DF

Ação foi flagrada em vídeo por outros moradores. Hoje é o segundo dia das ações para retirar casas de núcleo rural em São Sebastião

postado em 09/11/2016 18:35
Um vídeo que circula nas redes sociais revolta moradores de São Sebastião. Nas imagens, uma moradora é agredida por um policial militar enquanto filmava a ação da primeira etapa de desocupação do Núcleo Rural Zumbi dos Palmares, na última terça-feira (8/11).
O vídeo foi publicado na página da região administrativa no Facebook e mostra o militar atingindo a mulher com o cassetete, aparentemente sem ter sofrido qualquer tipo de provocação. A corporação encaminhou o caso à Corregedoria, onde será investigado.
Os confrontos com a PM continuaram nesta quarta-feira (9/11), durante segunda fase de desocupação na região. As 100 pessoas envolvidas no confronto montaram e incendiaram barricadas que impediam o acesso ao Núcleo Rural Zumbi dos Palmares.

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O núcleo faz parte de uma área de 66 mil metros quadrados de propriedade da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). A expectativa da Agência de Fiscalização (Agefis) é de que, até sexta-feira (11), toda a área seja desocupada. Somente na primeira etapa, realizada nesta terça-feira (8), foram recuperados cerca de 20 mil metros da área total.

A ação de recuperação tem a participação de diversos órgãos. Hoje, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) identificou e fechou o local de onde os moradores retiravam água, enquanto a Companhia Elétrica de Brasília (CEB) também atuou na retirada de ligações clandestinas na rede elétrica. Para auxiliar no transporte dos pertences dos moradores, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) disponibilizou cerca de oito caminhões.
A ex-moradora da região Suane de Sousa, 26 anos, relata a indignação de outros residentes do local. "As pessoas estão muito revoltadas com o que está acontecendo. Nós não fomos notificados da ação da Agefis. No bairro onde moro, durante uma dessas derrubadas, a Caesb destruiu vários canos e agora temos que andar muito para conseguir água", conta.

Suane também reclama da forma com que os moradores estão sendo tratados. "Aquela mulher ia ter a casa derrubada e só porque estava filmando foi agredida", indigna-se.

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