Cidades

Coronel da PM é um dos alvos da operação contra a Máfia das Próteses

Um dos militares atua como coordenador de ortopedia no Centro Médico Hospitalar da Polícia Militar. Além dele, outro oficial está na mira das investigações da Polícia Civil

Isa Stacciarini
postado em 23/11/2016 09:23
Um dos militares atua como coordenador de ortopedia no Centro Médico Hospitalar da Polícia Militar. Além dele, outro oficial está na mira das investigações da Polícia Civil
Um coronel, diretor da Diretoria de Assistência Médica do Departamento de Saúde e Assistencial ao Pessoal do subcomando geral da Polícia Militar do DF, é um dos alvos da nova fase da operação Mister Hyde no Centro Médico Hospitalar da PM. Além dele, outro oficial está na mira dos investigadores. ;Médicos, em geral, acumulam trabalho em vários locais, mas, por enquanto, não podemos descartar as fraudes dentro da PM. Esse é um desdobramento da investigação;, explicou um diretor da cúpula da Polícia Civil.

[SAIBAMAIS]Policiais cumprem mandado de busca e apreensão na sala dos dois oficiais desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (23/11). Neste momento, ninguém será preso. Os militares foram conduzidos coercitivamente para prestarem depoimentos na Polícia Civil. A ação visa recolher materiais, documentos e computadores que podem desvendar o caso dentro das PM.
A operação é conduzida por policiais da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco). A Corregedoria da PM também participa. A Polícia Militar informou que, se houver envolvimento de militares, os casos serão apurados.
Policiais militares retiraram as equipes de imprensa do estacionamento da unidade médica da corporação. De acordo com eles, o local se trata de uma área militar. A recomendação é de que os veículos fiquem do lado de fora do hospital durante a ação da Polícia Civil.
Um dos militares atua como coordenador de ortopedia no Centro Médico Hospitalar da Polícia Militar. Além dele, outro oficial está na mira das investigações da Polícia Civil
Até agora, estão identificados quatro grupos, todos eles com a participação clara de empresas e médicos. No primeiro, havia profissionais que encaminhavam pacientes para cirurgias sem necessidade. Em outro, especialistas e empresas trocavam os equipamentos. No terceiro, aqueles que acrescentavam equipamentos desnecessários para que a operação rendesse mais. E, no último, ficavam os que agiam no pagamento de propina aos envolvidos.
A Operação Mister Hyde já teve duas fases. Em 1; de setembro, promotores e agentes cumpriram 21 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão. Médicos e empresários do ramo de órtese e prótese foram alvo da ação e atuavam no Hospital Home (613 Sul). Entre os fornecedores, estava o dono da empresa fornecedora dos materiais, a TM Medical, além de funcionários. Em 6 de outubro, promotores e investigadores da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deco) cumpriram a segunda etapa da ação no Hospital Daher, no Lago Sul.

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