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Em Brasília, tempo nublado dificulta visualização do eclipse solar

O vice-presidente do clube, Augusto Ornellas, explicou que, além de o céu encoberto não ajudar, a localização de Brasília não é a melhor para acompanhar o fenômeno

postado em 26/02/2017 12:21
O vice-presidente do Clube de Astronomia de Brasília, Augusto Ornellas, utilizou binóculos com filtro para tentar ver o fenômeno
Mesmo com tempo chuvoso, alguns brasilienses reuniram-se no planetário da cidade hoje (26) para tentar ver o primeiro eclipse solar de 2017. Membros do Clube de Astronomia de Brasília, reunidos no Planetário da cidade, transmitiram ao vivo, por meio de uma televisão conectada à internet, o fenômeno em outros locais do Brasil e do mundo. Também havia esperança de que o tempo melhorasse e permitisse a observação na capital federal.

O vice-presidente do clube, Augusto Ornellas, explicou que, além de o céu encoberto não ajudar, a localização de Brasília não é a melhor para acompanhar o fenômeno. ;Quanto mais para o sul, mais fácil observar. A parte principal do eclipse está passando pelo sul da Patagônia;, explicou.
Veja como o fenômeno foi observado de uma região argentina:
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Ainda assim, segundo ele, o fenômeno - previsto para ocorrer entre 10h e 12h30 - seria parcialmente observável no Distrito Federal. ;Aqui em Brasília a lua vai cobrir um sexto do disco solar. A nossa intenção é tentar ver um pouco do eclipse atrás das nuvens, se o tempo deixar;, explicou.

;Anel de Fogo;

Uma TV conectada à internet no planetário de Brasília mostrou o fenômeno em vários locais do mundoUma TV conectada à internet no planetário de Brasília mostrou o fenômeno em vários locais do mundoValter Campanato / Agência Brasil
Para melhor observar o eclipse o Clube de Astronomia separou instrumentos como binóculos e telescópios com filtro e um equipamento de projeção que funciona de maneira semelhante a uma câmara escura. Este tipo de eclipse solar, também conhecido como ;Anel de Fogo;, ocorre quando o sol, a lua e a Terra estão alinhados. ;A lua está passando entre a Terra e o sol;, disse Ornellas.

Segundo Adriano Leonês, monitor do planetário de Brasília e também membro do Clube de Astronomia, as reuniões no local para observar fenômenos astronômicos são frequentes. ;Na observação da superlua também choveu bastante. As pessoas acreditaram que não seria possível ver e não vieram para cá. Mas, durante uns 15 minutos, o tempo abriu e deu para observar;, conta.

A cabeleireira Míriam Cunha dos Santos, 43 anos, foi uma das que foi ao planetário para tentar ver o eclipse. Ela ficou frustrada com o tempo nublado, mas gostou da transmissão via internet. ;São pessoas do mundo inteiro, não é? Meu marido trabalha aqui [no planetário], então fiquei sabendo que o pessoal ia se reunir. Também vi notícias sobre o eclipse na televisão", contou.

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