Cidades

Facção criminosa do PCC tenta se firmar no DF há pelo menos 10 anos

Segundo informações da Polícia Civil do DF, a comunicação com os outros presidiários ocorre por meio dos visitantes, que atuam como mensageiros e entregam recados necessários para cada uma das pessoas incluídas no esquema

Deborah Fortuna
postado em 10/04/2017 11:55
Parte da ação aconteceu no Complexo Penitenciário da Papuda, no Centro de Progressão Penitenciária
Há pelo menos 10 anos, uma facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC) tenta se firmar em Brasília. Um criminoso que cumpre pena em Foz do Iguaçu (PR) é o principal chefe do PCC na capital federal e no Entorno. Segundo informações da Polícia Civil do DF, a comunicação com os outros presidiários ocorre por meio dos visitantes, que atuam como mensageiros e entregam recados necessários para cada uma das pessoas incluídas no esquema.
A maior parte dos crimes cometidos da facção é tráfico de drogas e roubos diversos. Nesta segunda-feira (10/4), Priscila Cesária da Silva, 26 anos, e Magdiel de Oliveira Santos, 20 anos, foram presas no Novo Gama. Na casa do rapaz foi encontrado uma estufa de plantio de maconha dentro de um guarda-roupa.
Para o delegado responsável pela operação, Luiz Henrique Sampaio, o desafio é desestimular o crescimento dos crimes organizados. ;Aqui no DF eles ainda tentam se estabelecer. Em outros estados, eles já estão estabelecidos. Aí eles têm uma estrutura de suporte grande. Pagam advogados, cestas básicas para os familiares dos presos, fazem reservas de armas;, explicou.

A operação

A Operação da Polícia Civil conhecida por Legião cumpre 54 mandados de prisão nesta segunda-feira (10/4) contra a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação é realizada no Complexo Penitenciário da Papuda, no Centro de progressão Provisória, no DF, e nos presídios de Planaltina de Goiás, Luziânia, Águas Lindas e Novo Gama, em Goiás, no Entorno de Brasília.
Desse número, 43 já estavam cumprindo pena. Ao todo, duas pessoas foram presas, e nove continuam foragidas da justiça. Segundo Sampaio, se um criminoso que já cumpre pena dentro da prisão se associa à organização, pode sofrer regressão da pena, aumento do tempo estimado, etc. ;O fato delas integrarem essa organização criminosa já é um crime, uma punição grave. E para que a gente desestimule as pessoas a se integrarem nessa associação criminosa, a gente pune os que estão na cadeia;, afirmou.

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