Cidades

Mãe de bebê encontrado morto no Lago disse que faria viagem sem volta

Elisângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, está desaparecida desde a última sexta-feira (7/4). Polícia conseguiu identificar o bebê no último domingo (9)

Gabriella Bertoni - Especial para o Correio
postado em 11/04/2017 11:19
Elisângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, está desaparecida desde a última sexta-feira (7/4). Polícia conseguiu identificar o bebê no último domingo (9)
A Polícia Civil identificou o bebê encontrado morto no Lago Paranoá no último domingo (9/4) e a mãe dele. Elisângela Cruz dos Santos Carvalho, 36 anos, saiu de casa com Miguel Santos Carvalho, de cinco meses, e outro filho, de 4 anos, na sexta-feira (7/4). Desde então, ela não foi mais vista. Em depoimento, os familiares de Miguel afirmaram que, depois de desaparecer, Elisângela mandou uma mensagem dizendo que faria uma viagem sem volta. Em seguida, ela pedia perdão à família. Depois disso, a mulher não deu mais notícias.
O garoto mais velho foi encontrado sozinho em Santa Maria, na quadra onde os familiares residem. Os responsáveis pelo caso, os investigadores da 10; Delegacia de Polícia (Lago Sul), trabalham com duas hipóteses: Elisângela jogou-se no Lago com Miguel ou ela jogou o bebê e fugiu.
O inquérito está aberto, mas o crime segue sem tipificação. O laudo cadavérico com as causas da morte só ficará pronto em 30 dias. A investigação continua as buscas pela mãe.
[SAIBAMAIS]No dia do desaparecimento, a cunhada de Elisângela registrou ocorrência na 33; Delegacia de Polícia (Santa Maria). No sábado (8/4), um dia após o ocorrido, o filho de 4 anos da mulher foi encontrado em frente à casa da família. Ainda não há informações sobre como o garoto chegou até o local.
Elisângela é mãe de três filhos e estava separada do marido. A mulher trabalha vendendo balinhas e picolés na cidade onde mora. Os familiares afirmaram que ela estava triste por causa do recente divórcio, mas não sabem se isso motivou o desaparecimento. Os parentes de Elisângela identificaram o corpo do bebê no Instituto de Medicina Legal (IML) após a repercussão do caso na imprensa.
A criança foi encontrada nas imediações da Península dos Ministros, na altura da QL 12 do Lago Sul. Segundo o Corpo de Bombeiros, por volta das 17h de domingo, um homem que andava de jet ski no espelho d;água encontrou o corpo e acionou a corporação. O bebê, um menino, estava com calça de moletom amarela e uma regata com desenhos de barcos. Com o bebê, havia uma chupeta azul presa à roupa por uma fita também azul. Um broche com a imagem de um hipopótamo estava preso às vestimentas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança não apresentava marcas ou sinais de violência.

Investigação

Pelas condições do corpo do bebê, o Corpo de Bombeiros trabalha com a hipótese de que a morte tenha ocorrido há três ou quatro dias. ;Em situações de afogamento, demora, no mínimo, 48 horas para o corpo da criança boiar;, explica o major Lourival Correia, chefe do serviço de Comunicação dos Bombeiros. O tempo para que o corpo de um adulto boie é o mesmo, mas pode chegar a 72 horas. ;Se realmente for o caso de ter algum outro corpo, pode estar em outras regiões que não ali no ponto onde foi encontrada a criança;, afirma.

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