Cidades

Apesar de abrir vagas de trabalho, DF registra aumento no desemprego

Tanto a taxa de desemprego quanto a taxa de ocupação - postos de trabalho - aumentaram de fevereiro para março

postado em 27/04/2017 12:00
1,625 milhão de pessoas fazem parte da população economicamente ativa, e destes, 20,7% estão desempregados no DF
A taxa de desemprego no Distrito Federal passou de 20% em fevereiro para 20,7% em março. A taxa de ocupação foi ainda mais desanimadora: teve um crescimento de apenas 0,1%, o que signifca mil pessoas contratadas de um mês para o outro. As informações são da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) que divulgou na manhã desta quarta-feira (26/4) a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) do DF.
A coordenadora da pesquisa, Adalgiza Amaral, explica que os postos de trabalho não foram suficientes para suprir a procura por emprego. ;O aumento da taxa foi basicamente devido a pressão, mais pessoas estão procurando trabalho. Comparando março com fevereiro, nós tivemos 15 mil pessoas pressionando o mercado de trabalho. E o saldo de postos de ocupações ficou positivo em apenas mil postos;. Segundo ela, a solução para o problema é simples: é preciso de mais investimentos.

A pesquisa também estimou que 1,625 milhão de pessoas fazem parte da população economicamente ativa, e destes, 20,7% estão desempregados. Apesar disso, o gerente de pesquisas socioeconômicas da Codeplan, Jusçânio Umbelino, afirma que as inflações baixas e a diminuição da taxa de juros são indicadores de que a situação vai melhorar. ;Acredito que os efeitos vão ser menores do que os do ano passado, quando a economia basicamente parou;, analisou.

Quanto ao contingente de assalariados, o setor privado diminuiu 0,5% e o setor público apresentou estabilidade de 0,3%. O setor privado também apresentou variação negativa do assalariamento com carteira de trabalho assinada (-0,4%) e relativa estabilidade do sem carteira (-1%). A pesquisa verificou pouca variação no número de autônomos (-0,6% ou mil).

Assim como na última pesquisa feita pela Codeplan, mulheres, jovens e negros ainda são a maioria entre os desempregados. As taxas marcam 22,3% para as mulheres, 44,8% jovens e 22,6% negros. Para Adalgiza Amaral essas taxas são o reflexo da sociedade e da história do país. ;A discriminação sempre existiu no mercado de trabalho para esses três pilares da sociedade - principalmente para mulheres e negros;, afirma.

Resultado anual

A taxa de desemprego também aumentou de 17,1% para 20,7% entre março de 2016 e 2017. O nível de ocupação aumentou 2,2% sendo que setores de Serviços Gerais (3,0%) e Comércio (1,8%) compensaram as quedas na Indústria de Transformação (-6,4%), Construção (-6,3%) e Administração Pública (-14,4%).

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