Cidades

FHC: novas tecnologias são importantes para lidar com a questão das drogas

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convidado do fórum sobre a obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros, realizado no Correio. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, comemora resultados da política

Gabriela Vinhal
postado em 27/04/2017 12:34
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convidado do fórum sobre a obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros, realizado no Correio. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, comemora resultados da política
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ressaltou, nesta quinta-feira (27/4), a importância das novas tecnologias no combate ao uso abusivo de substâncias tóxicas, algo que pode ser feito com eficiência em parceria pelo Estado com o setor privado. O professor e sociólogo foi um dos convidados especiais do fórum ;Resultados do 1; ano do exame toxicológico para motoristas profissionais;, realizado no auditório do Correio Braziliense.

"Precisamos continuar avançando nesse processo de modernização, o Estado e a sociedade ao mesmo tempo. O que vemos é a implantação de uma política pública baseada nos avanços tecnológicos que asseguram a saúde e a segurança à população", disse.

[SAIBAMAIS]Conhecido pelo posicionamento a favor da descriminalização das drogas, FHC justificou o apoio à obrigatoriedade do exame toxicológico para caminhoneiros. De acordo com o sociólogo, não é uma atitude contraditória, pois é preciso combater e regular de maneira efetiva a questão das drogas no país: "Proibir não resolve, porque a pessoa vai pelo lateral. A droga no país é livre, na mão do traficante. O acesso é fácil. Não há incoerência em defender políticas diferentes quanto às drogas".

Ministro comemora resultados


Também presente no debate, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, comemorou os resultados positivos de um ano da implementação do projeto. Contudo, ressaltou a responsabilidade do Estado de tentar descobrir as novas ferramentas do setor da automação para aprimorar, cada vez mais, a segurança no trânsito.

"A educação no trânsito é uma compreensão coletiva entre a população, o Estado e as iniciativas privadas. Essa parceria traz vidas preservadas, maior e mais importante resultado do procedimento. Isso nos incentiva a continuar nesse caminho", acrescentou.

O presidente do Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro (ITTS), Márcio Liberbaum, por sua vez, afirmou que o exame toxicológico, do ponto de vista individual, é pela saúde; no coletivo, é de segurança pública. "Quando fizemos o projeto, o Detran entrou com várias liminares para impedir que fosse aprovado. Mas a crítica nunca foi à iniciativa, mas à falta de estrutura física do país. A iniciativa privada se organizou de maneira eficiente e colaborou para o aumento de laboratórios no país", pontuou.

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