Cidades

Donos do SuperMaia se entregarão até o fim da semana, garante advogado

Casal é acusado de sonegação, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem tributária

Daniel Marques Vieira*
postado em 05/07/2017 22:05
Donos do SuperMaia são acusados de sonegar mais de R$ 200 milhões em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
Os empresários José Fagundes Maia Neto e Maria de Fátima Gonçalves dos Santos Maia, donos da rede de supermercados SuperMaia, devem se apresentar à Justiça até o fim desta semana, garante o advogado do casal, Paulo Emílio Catta Preta. Segundo ele, os clientes ainda não se apresentaram porque não estão em Brasília.

O advogado frisa que, assim que chegarem ao Distrito Federal, os empresários prestarão os devidos esclarecimentos. ;Vamos averiguar a qual entidade eles devem se apresentar e assim será feito;, afirmou. Catta Preta disse também que há certa complicação no deslocamento do casal, uma vez que tem filho com deficiência.

A informação se alinha ao posicionamento divulgado ontem pelo advogado de que o casal "não tem criado embaraço à Justiça", sempre comparecendo e prestando esclarecimentos quando solicitado. A assessoria de comunicação da rede SuperMaia enfatizou, em nota, que os donos da empresa ;colaboraram com a Justiça em todas as fases do processo e garantem que provarão a inocência;.

A denúncia

Na última sexta-feira (30/6), a Justiça decretou a prisão de José Fagundes e de Maria de Fátima, baseado na denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) de que os dois teriam sonegado mais de R$ 200 milhões em Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Os crimes pelos quais o casal é acusado teriam sido cometidos em parceria com outros quatro sócios da empresa, entre 2004 e 2015. Entre janeiro e junho de 2016, teriam deixado de recolher R$ 4 milhões. Para o MPDFT a prisão do casal se faz necessária por questão de preservação da ordem pública e econômica.

[SAIBAMAIS]O crime, segundo o MP, consistia no desvio de fundos da empresa para o nome dos empresários, que executavam grandes saques. Também eram feitas compras de objetos de alto valor, como um brinco de ouro de R$ 65,6 mil.

Em abril, a 2; Turma Criminal do DF decretou a apreensão de bens do casal. A decisão pretendia ressarcir o valor, mas, como houve recurso, o pedido se encontra sob embargo.
* Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer

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