Cidades

Eleições 2018: brasilienses rejeitam Michel Temer

Para 79,6% dos entrevistados, o mandato de Temer não mudou o país depois do impeachment. Bolsonaro disputa com Lula preferência no DF para as eleições 2018

Ana Maria Campos, Helena Mader
postado em 09/07/2017 06:00
Segundo a pesquisa, 57,5% dos entrevistados estão pessimistas com o governo Michel Temer

O governo do presidente Michel Temer enfrenta a rejeição de 70,7% dos moradores do Distrito Federal. É o que indica levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados, em 23 regiões administrativas, realizado entre 1 e 5 de julho, quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já havia encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia por corrupção passiva contra Temer, com base na delação premiada do executivo da JBS Joesley Batista.

Para 49,9% dos entrevistados, ou seja, metade da população, a gestão é péssima e 20,8% a consideram ruim. Apenas 1,6% apontou o governo como ótimo. O percentual dos que apontam como bom é de 4,9%. A avaliação regular é citada por 19,2%, Os pesquisadores ouviram 1 mil pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, em um intervalo de confiança de 95%.
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Na semana que antecede a análise na Câmara dos Deputados sobre o recebimento da denúncia contra Temer, que poderá levar ao seu afastamento do cargo, os entrevistados se mostraram pessimistas em relação ao futuro. A pesquisa, feita com exclusividade para o Correio Braziliense, revelou um alto nível de descrença em relação ao futuro.

Entre os entrevistados, 57,5% acreditam que a situação do governo Temer vai piorar. Outros 26,3% acham que nada muda até o encerramento do mandato. Somados, os percentuais apontam que 83,8% dos moradores do Distrito Federal duvidam de um cenário de avanços. Os otimistas, que acreditam que as coisas vão melhorar, totalizam 8,9%.

Embora manifestações na Esplanada dos Ministérios tenham reunido milhares de pessoas a favor do impeachment no ano passado, 79,6% dos entrevistados avaliam que o mandato de Michel Temer não mudou o país. Para 42,9%, as coisas estão piores e 36,7% disseram que está tudo igual. O índice dos que consideram melhor é de 15,1% e 5,3% não souberam ou não quiseram responder.

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