Cidades

Prata da Casa: com voz e violão, casal faz trilhas sonoras de casamentos

Jonathas e Rayssa Camacho interpretam várias canções românticas na "hora do sim" de casais pela cidade, e arrasam com interpretações inusitadas. O que era hobby virou profissão para os dois

Victória Fernandes*
postado em 22/09/2017 11:46
Amor na vida a dois e nos palcos: parceria
A música é apenas uma das coisas em comum entre Jonathas e Rayssa Camacho. Casados há 8 meses, o bibliotecário de 26 anos e a professora, de 22, se conhecem há três anos, e, durante todo esse tempo juntos, os dois têm compartilhado arranjos e letras de música, além do amor dos dois gatinhos que criam em um apartamento com decoração retrô e cheio de referências geeks na Asa Sul. No início, cantar juntos era um hobby, mas hoje, os dois também formaram uma parceria nos palcos, cantando em casamentos na cidade.
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Rayssa conta que estudou canto e violão por cerca de dois anos. Jonathas veio de uma família de cantores e vê a música da mesma forma que a mulher: essencial. ;Eu cantava na igreja desde pequenininho, cantarolo até letreiro de loja;. Ele conta que começou a tocar em casamentos e outros eventos, acompanhando amigos e às vezes sozinho. ;Como sempre fui o amigo quebrado, meu presente de casamento para as pessoas era cantar na cerimônia. Quando me chamavam para ser padrinho eu já me oferecia para tocar, mas nunca foi muito profissional.; Quando ele e Rayssa se conheceram, - por intermédio da irmã de Jonathas, que estudava com Rayssa na Universidade de Brasília (UnB) ; eles já sabiam que ambos tocavam, mas até então não havia nenhuma pretensão de montar uma banda.

[SAIBAMAIS]Até que um dia, o casal foi convidado para tocar no casamento do tio de Rayssa, ;As pessoas nos conheciam porque já cantávamos na igreja, então amigos começaram a nos convidar para cantar em outras cerimônias; conta Jonathas. Depois, eles passaram a tocar também em outras ocasiões, como em jantares e eventos corporativos. ;A gente não pensava em cantar em casamentos não, era só quando chamavam a gente. Não cobrávamos caro também, era mais por hobby;, relembra.

Canções inusitadas

O casal toca músicas românticas, mas às vezes arranca aplausos com interpretações inusitadas. O repertório vai desde Marcelo Jeneci e Jack Johnson até Quero te encontrar, da dupla Claudinho e Buchecha. Depois pula para clássicos como La Vie en Rose, de Edith Piaf e Sweet Child O; Mine, da banda Guns ;n Roses. ;Tocamos o que a gente gosta de tocar. Gostamos de MPB, rock e músicas cristãs. A Rayssa gosta muito de música dos anos 1980 também. Temos uma lista com as músicas que geralmente tocamos e aceitamos pedidos dos noivos, mas sempre levando para uma maneira que a gente goste de tocar. A Rayssa faz francês e eu falo inglês, então a gente faz uma brincadeira com isso também, fica bem legal.;

A ;brincadeira; começou a virar profissão quando eles preparavam o próprio casamento. ;E depois que a gente casou, vimos que o negócio de músicas em casamentos aqui em Brasília é bem forte. A música dá vida e dá cor a cerimônia. Pauta a emoção;, explica Rayssa. ;A indústria de casamentos é algo gigantesco. Conheci muita gente que cobra muito caro mesmo. Já vi bandas cobrando R$ 4 mil, R$ 5 mil e não são bandas profissionais. Percebemos que tem um nicho aqui, e que dava para fazer o que a gente gosta, que é cantar junto e ter uma outra maneira de ganhar dinheiro; complementa Jonathas.

O negócio funciona há três meses e eles contam que já têm seis casamentos agendados até o final do ano. A principal forma de divulgação ainda é a indicação de noivos satisfeitos, além das postagens que fazem na conta oficial deles no Instagram (@joeraycasamentos).

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