Cidades

Estupro é o único crime que continua crescendo no DF, diz SSP

Dados de setembro mostram que 58% dos abusos são de pessoas vulneráveis, como crianças e adolescentes de até 14 anos

Pedro Grigori - Especial para o Correio
postado em 04/10/2017 16:17
Arte de menina com o rosto sem querer mostrar Os crimes de estupro foram os únicos a registrarem alta no Distrito Federal em setembro de 2017, comparados ao mesmo período do ano passado. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social. Segundo o levantamento, ocorreram 53 estupros e 77 registros (de atos que podem ter acontecido ou não em setembro), contra 52 e 71, respectivamente, do mesmo período do ano passado. Entre as vítimas, 58% são vulneráveis, como crianças e adolescentes de até 14 anos, deficientes ou com incapacidade de impedir o ato.


Em 93% dos casos de abusos de vulneráveis, o autor tem algum tipo de vínculo com a vítima. Miriam Pondaag, coordenadora de Políticas para Mulheres da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, conta que, nos próximos meses, serão reforçadas as campanhas de prevenção, focadas na desconstrução cultural. "Grande parte das vítimas são mulheres; por isso, vamos construir ações que permitam problematizar a cultura patriarcal, que coloca a mulher como um objeto, podendo ser apropriada, usada e abusada", afirma.
órgãos em discussão sobre balanço de crimes no DF em setembro

Segurança

Os homicídios caíram 36,7%, em setembro de 2017, comparado ao mesmo período do ano passado. Foram 38. Entre janeiro e setembro deste ano, houve 345 assassinatos, o menor número para o período na série histórica, que começa em 2000.

Foram registrados, ainda, 2.815 roubos a pedestres, em setembro, 8,3% a menos do que no mesmo período de 2016. Roubos a transporte coletivo caíram 5%, com 264 registros. Felipe Martins, subsecretário de Fiscalização, Auditoria e Controle da Secretaria de Mobilidade Urbana do DF, destaca a instalação do Bilhete Único de Brasília como ajuda para continuar diminuindo os números. "Utilizando o cartão, menos dinheiro se encontra dentro dos ônibus, o que desestimula ações de assaltantes", explica.

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