Cidades

Morre, aos 87 anos, o jornalista Lélio Raphanelli

Carioca radicado em Brasília, jornalista, católico e torcedor fanático do Vasco da Gama, o ex-editor de Esportes do Correio morreu neste domingo

Ana Viriato
postado em 08/10/2017 20:34
Raphanelli ao lado de Pelé, durante a visita do craque a Brasília, em 1972
Carioca radicado em Brasília, jornalista, católico e torcedor fanático do Vasco da Gama, o ex-editor de Esportes do Correio Lélio Raphanelli morreu, neste domingo (8/10), aos 87 anos. Ele faleceu no Hospital Brasília, por volta das 5h30, após cerca de duas semanas de internação, em decorrência de complicações de uma virose.
Raphanelli desembarcou na capital em 1971, transferido do Ministério do Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro. Em terras candangas, criou raízes e construiu família ao lado da mulher, Marília Raphanelli ; são dois filhos, quatro netos e dois bisnetos. Amante da boa escrita, trabalhou em redações, como a do Correio, na década de 1970, na EBN e com a assessoria de integrantes do alto escalão da política.

O jornalista dedicou grande parte dos anos de trabalho à maior paixão: o futebol. Como repórter, acompanhou de perto diversas edições da Copa do Mundo, como os torneiros de 1958, 1962 e 1966. Também esteve com Pelé durante a visita do craque a Brasília, em 1972.

Também era bom de bola. Raphanelli jogava como lateral-esquerdo em uma grande equipe de futebol formada por jornalistas do Correio. Todo domingo, o grupo disputava peladas no Clube da Imprensa e até mesmo fora da capital.

Após a aposentadoria, ele não deixou o fascínio de lado. Acompanhado do neto, desbravou a Europa para seguir grandes e tradicionais clubes, como Real Madrid e Barcelona. ;Ele entrou no jornalismo, em parte, por conta do esporte. Queria estar por dentro dos bastidores dos times. Ao fim da carreira, aproveitou o tempo livre para concretizar ainda mais sonhos relativos a esse meio;, conta a filha, Astrid Raphanelli.

Por onde passava, Raphanelli deixava sua marca e criava amizades de longa data. ;Era o carioca mais autêntico possível: bem humorado, solidário, muito irreverente e cheio de brincadeiras;, resumiu o jornalista Renato Riella, que dividiu espaço com ele no Diário de Brasília e no Correio. O corpo dele será cremado na manhã de quarta-feira (11), em Formosa (GO) e a missa de sétimo dia ocorrerá no Mosteiro de São Bento, frequentado pelo devoto aos domingos.

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