Cidades

Polícia apreende 17º veículo de quadrilha responsável pela Kriptacoin

Ordem para retenção do automóvel, encontrado em Vicente Pires, partiu do juiz titular da 8ª Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani

Jéssica Eufrásio*
postado em 10/10/2017 15:30
Além dos 17 carros, polícia apreendeu computadores, documentos e R$ 400 mil em espécie
A Polícia Civil apreendeu mais um veículo no âmbito da Operação Patrick, que investiga um esquema de fraude praticado por meio da pirâmide financeira com a moeda virtual Kriptacoin. A ordem partiu do juiz titular da 8; Vara Criminal de Brasília, Osvaldo Tovani. O veículo foi encontrado em Vicente Pires na tarde desta segunda-feira (9/10).


Avaliado em cerca de R$ 200 mil, o Vogue, da marca Range Rover, foi o 17; veículo ligado aos envolvidos no esquema da Kriptacoin apreendido pela Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e Fraudes (Corf). A Coordenação, no entanto, não deu mais detalhes a respeito da operação para não comprometer as investigações.

Tramitação


[SAIBAMAIS]O processo contra os acusados no caso segue sob sigilo no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O juiz Osvaldo Tovani ainda analisa as denúncias apresentadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra os 13 indiciados pela Polícia Civil, além de outras três pessoas.

Entre os denunciados, estavam os sócios do escritório Todde Advogados & Consultores Associados, João Paulo Todde e Érico Rodolfo Abreu. No entanto, omagistrado rejeitou a denúncia contra os então advogados de defesa da empresa Wall Street Corporate, responsável pela comercialização da moeda.

Na avaliação do MP, a dupla de sócios teria colaborado com a transferência de uma Lamborghini, de posse de um dos donos da Wall Street Corporate, um dia depois de a Operação Patrick ser deflagrada. Entretanto, em decisão liminar, o juiz Osvaldo Tovani considerou que a investigação transcorreu "sem qualquer interferência por parte dos denunciados" e que, preliminarmente, não há motivo para prosseguimento da ação penal.

Na última quinta-feira (5/10), João Paulo e Érico Rodolfo recorreram à seccional brasiliense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) para apresentar um pedido de desagravo contra a atuação do Ministério Público na Operação Patrick. Em resposta, a OAB-DF promoverá um ato público em defesa dos advogados no próximo dia 20.
* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

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