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Seca está com os dias contados: chuva deve chegar no fim de semana

A possibilidade de precipitações no sábado é de 30%. Já para o domingo, a expectativa é de 70%. Ventos fortes também vão amenizar o calor, que vem batendo seguidos recordes de temperatura

Deborah Fortuna
postado em 19/10/2017 06:00
A temperatura máxima no Distrito Federal deve continuar acima dos 32;C ao menos até o fim de semana. A boa notícia é que há uma forte possibilidade de chuva sábado ou domingo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que também prevê ventos acima de 50 km/h. Neste mês, os termômetros da capital alcançaram recordes históricos: no dia 15, fez 37,5;C, maior temperatura da história. A madrugada do dia 16 atingiu 22,3;C, a mais quente de todos os tempos.
Ontem, o Inmet emitiu um alerta de perigo para algumas regiões do Centro-Oeste, incluindo o DF, por causa da baixa umidade ; com uma variação de 12% a 20%. Em Brasília, a umidade chegou a 22% às 17h, a hora mais quente do dia, com 33;C. A instrução é que os brasilienses bebam bastante líquido, evitem exposição do sol e reduzam as atividades físicas diárias.

De acordo com a meteorologista e consultora Ingrid Peixoto, o cenário deve mudar a partir do dia 26, quando as chuvas devem ficar mais regulares. ;Estamos começando a observar mudanças nos padrões de atmosfera. No sábado, há uma possibilidade de 30% de chuvas, e, no domingo, essa estimativa aumenta para 70%;, explicou.

A expectativa é que essas chuvas sejam de curta duração, porém, com alta intensidade. ;Elas podem vir acompanhas de trovoadas e até queda de granizo, em áreas isoladas;, afirmou a meteorologista.

Este ano, o DF registrou um período de estiagem de 127 dias, terceira maior seca, ficando atrás apenas dos 164 dias em 1963, e dos 130 em 2010. No ano passado, foram 84 dias seguidos sem chuva. ;Apesar da regularidade, a gente vai perceber que, de hoje até o fim do mês, as temperaturas ainda estarão bastante elevadas no Centro-Oeste, incluindo Brasília;, comentou Ingrid.

Preparado


Mesmo com o tempo seco e o sol forte, algumas pessoas não deixam de lado as atividades físicas. Mas elas se prepararam para encarar o calor e a secura. É o caso do professor Bruno Ramos, 31 anos, que reveza entre a musculação, jiu-jitsu, futevôlei e ciclismo. ;Quando posso escolher, faço as minhas atividades quando o sol está mais fraco. Mas, normalmente, encaro qualquer hora mesmo;, afirmou. Para isso, ele passa muito protetor solar e se hidrata bastante. ;Levo uma garrafinha para onde quer que eu vá. Antes, bebia pouca água, mas, agora, percebi que meu rendimento melhorou muito;, afirmou.

Para driblar o calor, algumas pessoas chegam a dar uma pausa na rotina para tomar água de coco gelada. Para a estudante Zuleide Costa, 19 anos, o calor pode até desencorajar a sair de casa, já que a sensação térmica a deixa indisposta e com a pressão baixa, mas o ideal é se manter hidratado. ;Sempre estou tomando água de coco ou indo à piscina. Pior é ficar em casa. Prefiro sair e pegar um vento;, ressaltou.

Essa é uma escolha de muitos brasilienses. Segundo o comerciante Rayron Jhony, 23 anos, as vendas de sorvete e água de coco aumentaram. ;Os clientes sempre pedem água gelada, ou picolé;, afirmou. O quiosque dele, no Parque da Cidade, abre por volta das 14h e fecha depois das 19h. Rayron contou que o maior movimento é a partir das 18h, quando o sol castiga menos.

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