Cidades

Morre voluntário da ONG Rodas da Paz atropelado na Asa Norte

Raul Aragão, 23 anos morreu na manhã deste domingo (22/10) no Hospital de Base. Ele foi atropelado na tarde de sábado (21/10) na 406/407 Norte e atendido em estado grave

Júlia Campos - Especial para o Correio
postado em 22/10/2017 10:00
Raul era estudante da Universidade de Brasília (UnB) e, atualmente, estava à frente de dois grande projetos da ONG
O ciclista e voluntário da ONG Rodas da Paz, Raul Aragão, 23 anos, morreu na manhã deste domingo (22/10) após ser atropelado por um carro. O acidente ocorreu na tarde de sábado (21/10), na 406/407 Norte. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital de Base de Brasília (HBDF), mas não resistiu aos ferimentos. O motorista do veículo envolvido no acidente, de 18 anos, prestou socorro à vítima e foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo.
O acidente ocorreu na tarde de sábado (21/10), na 406/407 Norte
O coordenador-geral da ONG, Bruno Leite, disse que a notícia sobre o falecimento chegou logo cedo. Segundo ele, Raul fazia tudo de bicicleta e era uma pessoa muito engajada pela causa. ;Super alto astral, sempre com um sorrisão no rosto. Contribuía muito para o trabalho em equipe. É uma perda grande para a família e para nós;. lamentou. Bruno diz que as informações sobre a dinâmica do acidente ainda não são precisas. ;Era o meio de transporte dele. Acreditava que Brasília poderia ser uma cidade para todos. E é isso que a gente vai continuar buscando.;

"Valeu demais, Raulzito"

Raul era de estudante sociologia na Universidade de Brasília (UnB) e, atualmente, estava à frente de dois grandes projetos da ONG. O grupo fez uma postagem nas redes sociais em que lamentava a morte no ativista. ;Valeu demais, Raulzito, um dos voluntários mais queridos e participativos do Roda da Paz e de outros grupos voluntários;, diz a publicação. A 2; Delegacia de Policia (Asa Norte) investiga o caso.

Ainda não há informações sobre horário e local de sepultamento do ciclista.
Em um áudio enviado para os integrantes da ONG, a fundadora da Rodas da Paz, Beth Veloso se mostrou bastante abalada com o ocorrido. Atualmente, ela mora em Portugal. "Eu não o conheci, mas é como se esse carro tivesse passado por cima de mim. Acabou com meu domingo. É como se acabasse parte dos 14 anos de campanha que a gente faz", narrou emocionada. Beth destacou que é difícil saber que pessoas que têm como missão salvar vidas, perder a sua de forma tão violenta e injusta. "A gente não pode se calar. Precisamos entender o processo porque isso quer dizer que alguma coisa está sendo negligenciada além do limite. Todos os grupos de biclicleta precisam se unir. Estamos profundamente frustrados. A cada morte violenta é um fracasso. E precisamos olhar para isso para que não a gente não o aceite como uma fatalidade", apontou.

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