Cidades

Chuva atinge áreas isoladas da Chapada e principal incêndio é controlado

A secretária de Meio Ambiente de Alto Paraíso de Goiás, Andreia Lopes, explicou que há previsão de precipitações mais intensas. Agora os bombeiros concentram os trabalhos no foco acima da Serra de Santana ao Ministro

Ricardo Daehn
postado em 28/10/2017 12:01
Chuva em áreas isoladas na Chapada dos Veadeiros traz esperança para combatentes do maior incêndio que atinge a reserva ecológica
A chuva continua caindo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, mas em áreas isoladas. A secretária de Turismo de Alto Paraíso de Goiás, Andreia Lopes, explicou que há previsão de precipitações mais intensas. Em meio ao registro da devastação na reserva ecológica, a secretária reforça certo otimismo em razão do controle do fogo. "As pessoas devem se atentar para a capacidade de regeneração do cerrado, que é bastante alta", observou.
[SAIBAMAIS]Um sobrevoo recém-feito na área afetada pelo fogo também trouxe traquilidade às equipes envolvidas no combate ao incêndio. "Chuva é tudo o que aguardamos, para que os pequenos focos ainda em curso sejam contornados. O grande incêndio, de proporções que foram preocupantes, está controlado",explicou o coordenador de grupo de brigadistas do Ibama que integram a Prev-fogo, Devalcino Araújo.

No entanto, a área do parque que exigia mais atenção ; a parte mais a esquerda, perigosa dada a proximidade à região urbana ; requer apenas vigilância. "Nosso foco de atividades está no monitoramento. Há fogo acima da Serra de Santana ao Ministro, mas não representa maior perigo ou se entende com maior relevância", explicou Devalcino.

Numa área de difícil acesso, os brigadistas aguardaram o fogo descer parte da serra para o combate das chamas. Toda a operação de monitoramento e combate segue mobilizando efetivo de 170 pessoas que se uniram a mais de 200 voluntários que continuam a postos em estado de atenção.

Até a noite de sexta-feira, o fogo queimou 64 mil hectares, o equivalente a 26% da área total da unidade de conservação, que ocupa 240 mil hectares. Mas o estrago é bem maior. Somados os outros quatro incêndios iniciados e apagados desde 10 de outubro, foram queimados cerca de 75 mil hectares. Em todo o ano, o fogo consumiu 82 mil hectares. Mais do que toda a área antiga da reserva, que era 65 mil hectares.

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