Cidades

Reunião entre MPT e funcionários do Metrô termina sem acordo

Categoria questionou, mais uma vez, a demora na convocação dos aprovados do concurso público de 2014. GDF alega que a questão já é alvo de um ajuste na Justiça em 2015

Thiago Soares
postado em 28/11/2017 16:41
Trens de metrô enfileirados
Terminou sem acordo a reunião intermediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com os metroviários e a Companhia do Metropolitano (Metrô- DF). No encontro, nesta tarde de terça-feira (28/11), a categoria questionou a demora na convocação dos aprovados do concurso público de 2014. O Governo do Distrito Federal (GDF) alegou que a questão já é alvo de um ajuste feito na Justiça em 2015.

A proposta é convocar 331 empregados até dezembro 2018 - quando vence o certame. Diante disso, não houve também avanços com relação à paralisação do serviço, que já dura 20 dias, uma vez que a convocação é uma das reivindicações dos trabalhadores do setor. O julgamento do dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10) ainda não tem data agendada.


Durante a reunião, o Sindicato dos Metroviários defendeu que, até então, o Metrô-DF não cumpriu com o acordo firmado, de que 331 aprovados deveriam ser convocados. ;O governo alega falta de recursos e, enquanto isso, tem um perda grande no orçamento em razão da liberação de catracas;, disse Israel Almeida, secretário de relações institucionais do Sindmetrô.

[SAIBAMAIS]Metrô e GDF justificaram que as medidas para convocação de pessoal já estão sendo feitas desde que o DF saiu do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, ainda não é possível convocar todos os aprovados de imediato. ;A governança já aprovou 188 convocações, apresentou um cronograma até abril e está, com isso, cumprindo o acordo que foi feito na ação coletiva;, detalhou a representante da Procuradoria do DF, Sarah Guimarães.

A Procuradora do Trabalho Heloísa Siqueira de Jesus solicitou ao sindicato o número mínimo de convocações para atender a categoria, assim como também pediu ao GDF o número máximo de convocações que poderiam ocorrer. Diante da falta de acordo, a procuradora também pediu para a empresa a relação de comissionados e seus respectivos proventos, a lista de trabalhadores do antigo Sistema de Abastecimento de Brasília (Sab) que atuam no Metrô-DF e o levantamento do prejuízo com a liberação das catracas.
;Não houve acordo. Essa relação de documentos é para analisar a situação com mais precisão. Se o MPT encontrar alguma irregularidade, vai tomar as medidas que forem possíveis para dar um parecer;, explicou a promotora Heloísa Siqueira.

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