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Corpo de pesquisador da UnB vítima de latrocínio é enterrado no Paraná

Familiares se despedem de Arlon Fernandes da Silva, vítima de latrocínio no Eixo Monumental. Corpo seguiu ao Paraná, onde foi enterrado

Ricardo Faria - Especial para o Correio
postado em 11/12/2017 14:05
Após velório em Brasília, corpo de Arlon foi levado a cidade onde vive a família
A família de Arlon Fernando da Silva, 29 anos, enterrou o corpo do pesquisador na tarde de domingo (11/12) no Cemitério Municipal de Rio Branco do Sul (Paraná). Depois de quase três dias, parentes e amigos paranaenses do jovem, enfim, se despediram de Arlon Fernando da Silva, 29 anos.

Segundo o irmão, identificado apenas por Andreo, o corpo de Arlon foi sepultado às 13h. "O enterro ocorreu ontem mesmo aqui no cemitério da cidade", disse.
Andreo, que não via o irmão há algum tempo, explicou que a relação dele com o pesquisador era distante por conta dos estudos. "Fazia tempo que não o via, mas sempre foi muito estudioso e esforçado", afirmou. Cerca de 200 pessoas estiveram durante o velório e o sepultamento do aluno de pós-graduação do Instituto de Física da UnB.
Rio Branco do Sul, cidade paranaense onde o corpo de Arlon foi enterrado, tem 32,5 mil habitantes e fica a 30 quilômetros a norte de Curitiba. Mas era em Brasília, quase 1,4 mil quilômetros longe, que o pesquisador cultivava a maior parte dos amigos. No sábado (9/12), um funeral no Campo da Esperança levou parceiros de universidade e pessoas mais próximas à despedida de Arlon.

Morte no Eixo Monumental


O aluno de doutorado em física da Universidade de Brasília (UnB) foi assassinado na noite de quinta-feira (7/12), na ciclovia da S1 (Eixo Monumental), em frente à Câmara Legislativa e a poucos metros do Palácio do Buriti. Ele voltava para casa, no Sudoeste, de bicicleta, como costumava fazer todos os dias, segundo contam amigos, que o descrevem como reservado e estudioso.
[SAIBAMAIS]Segundo informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), por volta de 20h30, Arlon foi vítima de esfaqueamento. Ele sofreu uma perfuração grave na axila esquerda e outras na mão e no braço. O estudante pediu ajuda aos motoristas que trafegavam na via e chegou a ser socorrido por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital de Base.

O crime é tratado pela polícia como latrocínio (roubo seguido de morte). Até o momento, a investigação da Polícia Civil levou a um adolescente de 14 anos, morador do Setor O, em Ceilândia. O rapaz chegou a confessar a participação no crime em uma conversa informal com os investigadores, mas, em seguida, mudou a versão, negando a autoria do assassinato. Por não terem sido encontrados indícios suficientes para ligar o jovem ao latrocínio ele foi liberado e as investigações prosseguem. Até o momento a bicicleta usada por Arlon no dia do assassinato segue desaparecida.

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