Cidades

Morre ciclista atropelado por ônibus no Sol Nascente

Acidente aconteceu na via do Supermercado Trem Bom, próximo ao batalhão da Polícia Militar. Daniel Rufino de Morais não resistiu aos ferimentos.

Mayara Subtil - Especial para o Correio, Deborah Novais - Especial para o Correio
postado em 06/02/2018 11:48
Segundo a Polícia Civil, condutor fez o teste do etilômetro, que não detectou álcool no organismo dele
Um ônibus com 15 passageiros, conduzido por um homem de 41 anos, atropelou um ciclista em uma região do Sol Nascente, por volta das 19h de segunda-feira (5/2). Com hemorragia na cabeça e suspeita de sangramentos internos, Daniel Rufino de Morais, 44, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O acidente aconteceu na via do Supermercado Trem Bom, próximo ao batalhão da Polícia Militar. Uma equipe de cinco militares do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atuaram no caso. De acordo com o capitão Ronaldo Reis, os bombeiros tentaram reanimar Daniel, mas não apresentou sinais vitais.

[SAIBAMAIS]O coordenador-geral do grupo cicloativista Rodas da Paz, Bruno Leite, lamentou a morte do homem. Disse, ainda, que a ONG continua na luta por uma boa relação entre bicicletas e transportes nas vias. ;Nessas comunidades mesmo, é comum usar bicicleta como um meio de transporte. Nosso sistema ainda não está preparado, mas continuamos trabalhando para que mortes como essa não ocorram mais;, frisou.

Segundo a Polícia Civil, o motorista do ônibus fez o teste do etilômetro, que não detectou álcool no organismo dele.

Morte de ciclistas

De acordo com um balanço do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran/DF), 19 ciclistas morreram em acidentes no ano passado. O número é o mesmo que o registrado em 2016.

Em 29 de novembro do ano passado, a ciclista e funcionária de um supermercado Larissa Alexandre de Queiroz, então com 32 anos, morreu após ser atropelada por um ônibus da empresa Marechal. A batida aconteceu por volta das 6h30, na altura da QI 22 do Guará 1. Na ocasião, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tentou reanimar a vítima durante uma hora, mas ela não resistiu à parada cardiorrespiratória.

À época, a Viação Marechal emitiu uma nota onde lamentou ;profundamente; o ocorrido. A empresa informou que daria a assistência necessária à família da mulher. No caso do rodoviário chegou a ser afastado do serviço.

Um mês antes, o ciclista e voluntário da ONG Rodas da Paz Raul Aragão, então com 23 anos, morreu após ser atropelado na via L2 Norte, na altura das Quadras 407/408. O estudante de sociologia da Universidade de Brasília (UnB) chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Instituto Hospital de Base (IHBDF). Porém, na madrugada do dia seguinte, Raul não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade. De

Segundo laudo pericial, o motorista seguia a 95 km/h no momento da impacto, número considerado 58% superior à velocidade permitida na via. Em 6 de novembro, a ONG Rodas da Paz fez um pedido ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que o órgão assumisse o caso. Em 22 de novembro, o MPDFT acabou denunciando o condutor por homicídio culposo ; quando não há intenção de matar.


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