Cidades

Polícia descobre furto de água e eletricidade em invasão no Setor de Clubes

Seis moradores de invasão próxima ao CCBB foram detidas por captar, ilegalmente, água e energia. Do grupo, dois são acusados ainda de roubar uma bicicleta na Ponte JK

Lucas Vidigal - Especial para o Correio
postado em 19/02/2018 15:03
Prejuízos ao sistema de água ainda não foram contabilizados
Uma investigação rotineira sobre um roubo de bicicleta, ocorrido em dezembro na Ponte JK, levou a Polícia Civil a descobrir um esquema de furto de água e luz por moradores de uma invasão no Setor de Clubes Esportivos Sul, atrás do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Agentes da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) prenderam seis pessoas acusadas de fazer gambiarras para captar energia e abastecimento, na manhã desta segunda-feira (19/2).

Além da dupla acusada de roubo da bicicleta, os policiais civis detiveram outras quatro pessoas suspeitas de furtarem água e energia. De acordo com o delegado-adjunto da 1; DP João de Ataliba Nogueira Neto, os detidos devem responder por furto qualificado.
Se condenados, a pena para o crime varia entre dois e oito anos de prisão, segundo o Código Penal. Os dois investigados no caso da bicicleta ainda enfrentarão processo por roubo. Somadas as penas, eles podem ficar até 18 anos presos. A Polícia Civil investiga, agora, se celulares e outros aparelhos encontrados na invasão são produtos de crimes.

Indefinição sobre barracos


Com a prisão dos seis acusados de furto de água e energia, não se sabe qual o futuro da chamada Invasão do CCBB. De acordo com o delegado Ataliba Neto, mais de 20 pessoas moram no local. Entre elas, várias crianças.

"Ao menos, elas estavam na escola no momento da prisão e vão ficar aos cuidados de parentes que ainda vivem lá;, afirmou Ataliba Neto. O Conselho Tutelar, segundo ele, deve analisar a situação dos menores de idade moradores da invasão.

;Gatos; geram risco de incêndio em barracos


Ligações irregulares de energia aumentam o risco de curto circuito. A menor faísca pode, inclusive, causar incêndios de grandes proporções em barracos de madeirite, como os da invasão.

Uma reportagem publicada pelo Correio, em janeiro, mostrou como os ;gatos; aumentam risco de fogo na Chácara Santa Luzia, perto do Lixão da Estrutural. Para piorar, o local sofre com o gás metano, altamente inflamável, que exala do solo.


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