Cidades

Moradores de Ceilândia organizam protesto contra violência

Moradores do P Sul se reuniram em manifestação após a morte de Claudineia Oliveira Teixeira, atropelada enquanto fugia de um assalto a ônibus. O protesto acabou no Pôr do Sol, onde a vítima morava

Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 18/03/2018 21:35

Cerca de 100 pessoas compareceram ao protesto contra a violência no P Sul, em Ceilândia. Moradores também pediram por justiça no caso Claudineia

Cerca de 100 pessoas compareceram ao protesto contra a violência no setor P Sul, em Ceilândia. O ato foi organizado depois da morte Claudineia Oliveira Teixeira, 37, atropelada ao fugir de um assalto ao ônibus em que ela estava. Os moradores se reuniram por volta das 8h30 no terminal de ônibus do P4 (P Sul), e andaram até a entrada do Pôr do Sol (Ceilândia) ; onde Claudineia morava com o marido, Elton Teixeira, 51, e um filho, 19 anos ;, passando pelo local da tragédia, na QNP 34, Avenida P3 (P Sul).

"Muitos não conheciam a Claudineia ou a família dela, mas, mesmo assim, ficaram emocionados com a história quando souberam. Por isso, tivemos muito apoio das pessoas, que, além de tudo, também estão cansadas da violência na cidade", disse Juliana Araújo Dias, uma das organizadoras do evento.

A maioria dos manifestantes estavam vestidos de branco. Nas mãos, carregavam balões brancos e vermelhos, em homenagem a Claudineia. No local onde a mulher morreu, as pessoas fizeram uma oração, antes de soltarem os balões para o céu. O 8; Batalhão de Polícia Militar disponibilizou duas motos para acompanhar o evento.

Para o viúvo, Elton Teixeira, o ato foi importante. "Fiquei muito emocionado, mas com tudo o que estou passando, estou vivendo na emoção. Para mim, o protesto foi marcante e, claro, muito necessário, para mostrarmos a situação de violência no P Sul. É importante que a gente se junte. A semente está sendo germinada, e daqui a pouco, poderá crescer", afirma.

Juliana relata que não descarta organizar novos protestos, até que os moradores da região administrativa sejam escutados. "O único apoio que tivemos foi da Polícia Militar, que nos acompanhou durante todo o ato. Mas nenhuma autoridade veio falar conosco", salienta a organizadora.

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