Ciência e Saúde

Brasileiros concorrem em Feira Internacional de Ciência e Engenharia

postado em 13/05/2011 16:09

Los Angeles (EUA) ;
Cerca de 1,5 mil finalistas ; 28 deles brasileiros ;, selecionados em mais de 60 países apresentaram nesta sexta-feira (12/05) os projetos que concorrem na Feira Internacional de Ciência e Engenharia (Isef, na sigla em inglês) ; a mais importante no mundo para o segmento pré-universitario. E durante essa apresentação que olheiros de empresas dos mais variados setores aproveitam para pesquisar soluções inovadoras e, eventualmente, transportar a ideia direto da feira de ciências para o mercado. A cerimônia de anúncio dos vencedores esta marcada para amanhã, e a expectativa é que o Brasil se aproxime do bom desempenho obtido em 2010, quando o país conquistou 19 prêmios.

Um dos projetos brasileiros com potencial de impacto econômico e o da estudante Vitória Rech Astolfi, 18 anos, moradora de Novo Hamburgo (RS). Ela desenvolveu uma maneira de produzir biodiesel a partir de microalgas, vegetais aquáticos que geram ate 25 vezes mais óleo do que a soja. Além de ser uma energia limpa, a microalga pode ser cultivada em lagos instalados em terrenos inférteis e tanques em geral, de forma a dispensar a necessidade de uso do solo. ;A vantagem é que com esse combustível diminua a pressão para uso de terras voltadas ao plantio de alimentos para outros fins;, explicou Vitória.

Já Ana Sofia Monteiro, 17 anos, moradora de Recife (PE), desenvolveu um índice que cruza dados políticos econômicos e legais e que pode auxiliar operadores do mercado financeiro. ;As informações de oferta e demanda agregada aplicadas a minha fórmula podem ser usadas para compor uma análise gráfica que indica quando e o melhor momento para investir em determinado pais, região ou ate cidade;, assegurou Sofia.

O Brasil também apresentou inovações no campo farmacêutico. O estudante Leonardo Bodo, 16 anos, identificou substâncias produzidas naturalmente pelas aranhas armadeiras que funcionam como um antibiótico que não gera resistência dos micro organismos. ;Eu percebi que apesar de recheados com material nutritivo, os ovos das aranhas não costumam ter infecção. São seres que estão na terra há mais de 200 milhões de anos e tem um sistema imune impressionante;, disse Leonardo. O estudante tem a esperança de que se colocada no Mercado, a substância ajudara a prevenir mortes decorrentes de doenças infecciosas.

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