Ciência e Saúde

Estados Unidos aprovam novos medicamentos para tratar peste bubônica

Agência France-Presse
postado em 27/04/2012 15:17
Washington - Quase ninguém contrai a peste bubônica atualmente, mas as autoridades sanitárias dos Estados Unidos aprovaram nesta sexta-feira (27/4) um novo tratamento para esta doença e outras formas desta infecção bacteriana potencialmente mortal.

O Levaquin, fabricado pelo laboratório Janssen Pharmaceuticals Inc., filial da Johnson and Johnson, com sede em Nova Jersey (leste), foi aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) para tratar esta praga e reduzir o risco de contraí-la após a exposição à bactéria ;Yersinia pestis;, que causa a doença.

"Esta é majoritariamente uma doença animal, mas pode ser transmitida aos humanos através das picadas de pulgas infectadas, contato com animais ou humanos infectados, ou exposição em laboratório", informou a FDA.

"A bactéria ;Yersinia pestis; também é considerada uma ameaça biológica, que poderia ser utilizada como um agente de terrorismo biológico", acrescentou o organismo.

A FDA destacou que só ocorrem de 1.000 a 2.000 casos ao ano da doença no mundo.

O medicamento foi aprovado depois que estudos demostraram sua eficácia em macacos porque não há casos suficientes da doença em seres humanos para se realizar um teste clínico satisfatório, disse a FDA.

Os três tipos mais comuns da doença são a peste bubônica, que implica em uma infecção dos gânglios linfáticos; a peste pneumônica, que supõe uma infecção nos pulmões, e a peste septicêmica, que afeta o sangue.

Outros remédios aprovados pela agência reguladora para tratar a peste são a estreptomicina, a doxiciclina e a tetraciclina, e outras duas drogas antibacterianas do grupo das tetraciclinas.

Historicamente, esta doença, também conhecida como "Peste negra", se disseminou pela Europa na segunda metade do século XIV, matando dezenas de milhões de pessoas.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação