Ciência e Saúde

Plantio da árvore angico-vermelho pode recuperar áreas degradadas

Felipe Canêdo
postado em 27/11/2012 08:34

Belo Horizonte ; O angico-vermelho (Anadenantera peregrina), uma brava espécie de árvore brasileira, presente tanto na mata atlântica quanto no cerrado, pode ser a redenção de áreas castigadas pela mineração e contaminadas por arsênio, metaloide que, apesar de não ter cheiro nem gosto, é agressivo e pode ocasionar graves problemas respiratórios e de pele e levar à morte. A planta é capaz de reduzir em até 80% a quantidade da substância no solo e pode se tornar um vegetal estratégico para promover o reflorestamento de matas ciliares e de locais comprometidos pela exploração continuada do ouro, que muitas vezes apresentam forte presença de arsênio.

A descoberta foi feita por cientistas coordenados pela bióloga e professora do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Maria Rita Scotti Muzzi, quando pesquisavam a Mina do Morro Velho, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo Muzzi, o local, explorado de forma sistemática desde 1834, tem diversas aglomerações de rejeitos ;; as chamadas pilhas de estéril ; que poluem o solo e o Córrego Água Suja, afluente do Rio das Velhas que passa dentro da cidade, se tornando um risco potencial para a população.



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