Ciência e Saúde

Pesquisa analisa como pinguins conseguem se adaptar a temperaturas extremas

O estudo mostra como as mitocôndrias interferem na capacidade dessas aves

Carolina Cotta
postado em 30/03/2013 11:44

A resposta pode alterar terapias destinadas a esportistas de alto padrão que sofrem com problemas de hipertermia

Belo Horizonte ; O que pinguins e homens podem ter em comum? Se uma hipótese for confirmada, as aves serão a chave para a compreensão da regulação da temperatura corporal e algo ainda maior: a longevidade da espécie humana. Interessado na melhor compreensão desse mecanismo de regulação, o patologista neuromuscular Beny Schmidt, chefe do Laboratório de Patologia Neuromuscular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), acaba de voltar da Antártida, onde coletou material de pesquisa em pinguins.



A investigação consiste em um estudo genético e outro morfológico. No primeiro, será sequenciado o DNA das mitocôndrias dos pinguins antárticos reis (pinguim-imperador), estudando todos os seus 37 genes mitocondriais. Já o estudo morfológico vai se concentrar na análise do músculo esquelético das aves, que corresponde ao nosso músculo lateral da coxa. Com a experiência e o conhecimento adquiridos em anos de estudos ; Schmidt já fez mais de 11 mil biópsias musculares ;, o cientista espera confirmar que as mitocôndrias são fundamentais tanto na regulação da temperatura quanto nos problemas de controle da temperatura.

O estudo mostra como as mitocôndrias interferem na capacidade dessas aves

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