Roberta Machado
postado em 05/04/2013 08:01
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, desenvolveu uma forma de impressão 3D que não funciona com filamentos ou outro material industrial, mas transforma água e outros elementos químicos em estruturas que funcionam como um tipo artificial de tecido vivo. A partir de um projeto virtual semelhante ao usado no processo tradicional de prototipagem, a máquina imprime um material sólido e semelhante a uma borracha, não muito diferente do tecido cerebral. A técnica, descrita na revista Science desta semana, pode, em alguns anos, resultar na produção de pedaços funcionais de tecidos a serem incorporados a membros e a órgãos danificados.
[SAIBAMAIS]As impressoras 3D funcionam de várias formas, mas a mais comum é a modelagem de um objeto a partir de um filamento plástico. Conforme a linha é aquecida pela máquina, o material é depositado em camadas milimétricas de acordo com o que foi projetado, resultando em um objeto sólido. O método criado pelos pesquisadores de Oxford usa um material diferente. A impressora deposita dezenas de milhares de gotículas formadas de água e lipídios artificiais numa solução de água ou de óleo. Uma a uma, elas formam fileiras e, depois, camadas dessas cápsulas microscópicas.