Ciência e Saúde

Americanos dão passo para uso de microalgas na fabricação de combustíveis

Entre as diversas vantagens da matéria-prima, está a de não ocupar terras que possam produzir alimentos

Marcela Ulhoa
postado em 08/04/2013 08:00

Entre as diversas vantagens da matéria-prima, está a de não ocupar terras que possam produzir alimentos

Com aproximadamente 3 mil espécies sob estudo, as algas são promessas de uma energia cada vez mais sustentável. Além de não precisarem de terras férteis para serem cultivadas e, portanto, não brigarem por espaço com a produção de alimentos, elas crescem em tanques cuja água nem precisa ser potável. Isso sem contar que os organismos fotossintéticos utilizam o dióxido de carbono como fonte de alimento, podendo ser acoplados a um sistema poluente para diminuir os gases de efeito estufa. Com tantas vantagens, a utilização de microalgas para a produção de biocombustíveis é um dos temas de destaque do 245; Encontro Nacional da Sociedade Americana de Química, que começou ontem nos Estados Unidos.


Apesar dos conhecidos benefícios, a matéria-prima ainda não é utilizada em escala industrial na matriz energética devido à dificuldade de extrair os lipídeos, a celulose e os demais produtos de suas células. A complicação vem principalmente de seu tamanho, que pode se limitar a poucas centenas de micrômetros. Para contornar essas barreiras, pesquisadores da Universidade do Texas investigaram um tipo específico de microalgas já utilizadas na fabricação de vinagre. Ao isolarem os genes da A. xylinum, eles conseguiram criar uma alga transgênica capaz de produzir e excretar naturalmente a nanocelulose, um nobre biomaterial com uma série de importantes aplicações.

Entre as diversas vantagens da matéria-prima, está a de não ocupar terras que possam produzir alimentos

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