Ciência e Saúde

Vegetação autóctone e exógena disputam espaço em nas ilhas Galápagos

A província insular, desde 1978 Patrimônio Natural da Humanidade por decisão da Unesco, tem 127 ilhas, ilhotas e rochas, com uma superfície total de cerca de 8.000 km2, dos quais 96% são protegidos

Agência France-Presse
postado em 06/06/2013 20:47
Porto Baquerizo Moreno - A amora e a goiaba são um deleite para o paladar, mas nas ilhas Galápagos costumam ser pouco menos que uma praga, por se tratar de espécies introduzidas que ameaçam a sobrevivência das plantas endêmicas vitais para o frágil ecossistema deste arquipélago equatoriano.

Por isso, guardas florestais das "ilhas encantadas", situadas mil km em frente à costa equatoriana, lutam para erradicar os pomares que dão deliciosos sucos e geleias e, ao mesmo tempo, substituí-los com plantas autóctones que perderam espaço diante de sua expansão.

"A goiaba, a amora e a lantana (um arbusto floral) se tornaram uma praga e são as que mais ocuparam o espaço em áreas agrícolas e protegidas" da reserva, explicou à AFP Marco Paz, um botânico empírico a cargo de um viveiro de 600 m2 em Cerro Colorado, no sudoeste da ilha San Cristóbal.



Enquanto rega centenas de plântulas que brotam de camadas de fértil terra preta, o guarda florestal conta que muitas espécies vegetais próprias e nativas (que existem em Galápagos de forma natural e em outras partes do mundo) "estão em risco de extinção porque as introduzidas não demoraram em ocupar grandes espaços".

A província insular, desde 1978 Patrimônio Natural da Humanidade por decisão da Unesco, tem 127 ilhas, ilhotas e rochas, com uma superfície total de cerca de 8.000 km2, dos quais 96% são protegidos. O nível global de endemismo é majoritário, mas as 1.423 plantas identificadas incluem 61% de introduzidas.

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