Ciência e Saúde

Especialistas analisam o DNA do bacilo causador da hanseníase

O estudo ajuda a compreender como a enfermidade evoluiu e a encontrar formas de combater epidemias

Paloma Oliveto
postado em 15/06/2013 06:30

Ao longe, o tilintar do sino anunciava que um pecador estava a caminho. Corria-se para dentro de casa; janelas e portas eram cerradas. Abriam-se alas para o leproso, indivíduo marcado por Deus, fruto do pecado, por merecimento ou herança. Para o homem medieval, feridas do corpo não podiam ser dissociadas das chagas da alma. E a sina parecia pegajosa.

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Se até hoje a hanseníase carrega estigmas, no passado, com o desconhecimento científico, acreditava-se que o mal era um castigo. Sem tratamento disponível, os portadores apresentavam manifestações clínicas apavorantes: úlceras por todo o corpo, buracos na pele, dedos que pareciam se esfacelar. A Bíblia chancelava o comportamento daqueles que, temerosos de compartilhar dessa praga, exigiam que os então chamados leprosos ou lazarentos andassem com um sino no pescoço. Para evitar a livre circulação de um mal que não poupou nem o rei da cidade santa ; Balduíno IV, que governou Jerusalém no século 12 ;, construíram-se leprosários, verdadeiros depósitos de gente, erguidos o mais longe possível dos centros urbanos.

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