Ciência e Saúde

Foguete chinês falha, e satélite se desintegra na órbita terrestre

Segundo informações obtidas pelo Inpe, o equipamento de observação sino-brasileiro CBERS-3 não se posicionou corretamente porque motores do veículo lançador foram desligados 11 segundos antes do previsto

postado em 10/12/2013 08:18
O CBERS-3 é colocado no foguete Longa Marcha 4B para o lançamento
Uma falha de funcionamento no foguete chinês Longa Marcha 4B é a causa apontada pelo fracasso do lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres 3 (CBERS-3), que não conseguiu chegar à orbita da Terra como planejado. O equipamento foi enviado às 11h26 (1h26 em Brasília) do Centro de Lançamentos de Satélites de Taiyhuan. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o satélite se desintegrou durante a queda. O acidente atrasa os planos do Brasil de contar com imagens próprias geradas do espaço, mas o projeto terá continuidade, e um novo mecanismo será desenvolvido para substituir o que foi perdido.

De acordo com o Inpe, os dados obtidos pelos pesquisadores mostram que os subsistemas do CBERS-3 funcionaram como esperado. Técnicos brasileiros que acompanhavam o processo por meio de teleconferência, no Centro de Controle de Satélites, em São José dos Campos (SP), chegaram a comemorar quando o painel solar do satélite foi aberto, dando a impressão de que a missão havia sido bem-sucedida. No entanto, o equipamento não alcançou a órbita pretendida devido ao desligamento precoce do motor de propulsão do foguete lançador, que aconteceu 11 segundos antes do planejado. Essa seria a terceira e última etapa para que o observatório entrasse em órbita.

O CBERS-3 seria o quarto satélite do programa de cooperação a orbitar o planeta. Os três enviados anteriormente operaram normalmente, conseguindo alcançar seus objetivos. O custo do projeto para o Brasil foi de aproximadamente R$ 150 milhões, 50% do total. A outra metade do investimento coube ao governo da China, que era também responsável por enviar a máquina ao espaço. O desastre, contudo, não deve interromper a parceria, e ambos os lados já manifestaram o interesse em iniciar imediatamente discussões técnicas que antecipem a montagem e o lançamento do CBERS-4.

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