Ciência e Saúde

Fiocruz alerta para cuidados contra a mosquito transmissor da dengue

Cerca de 80% dos casos o Aedes aegypt vive e se reproduz dentro e no entorno das residências, diz pesquisadora

postado em 15/01/2014 17:43
Rio de Janeiro ; As chuvas de verão aumentam o risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue, doença infecciosa que pode levar à morte. Para chamar a atenção sobre o problema, especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgam a iniciativa 10 Minutos Contra a Dengue, criada em 2011, para que as pessoas combatam o foco do Aedes aegypt dentro de casa.

A pesquisadora Rafaela Vieira Bruno informa que em 80% dos casos o Aedes aegypt vive e se reproduz dentro e no entorno das residências, e, se cada um evitar água parada em suas casas, será possível impedir o nascimento da grande maioria dos mosquitos nas cidades.


;Qualquer local que possa armazenar um pouquinho de água é suscetível para a fêmea colocar os ovos. E não apenas água limpa; ela consegue colocar em áreas com um pouquinho de matéria orgânica também;, comenta ela, ao mencionar que mesmo piscinas e fontes com chafariz podem servir de criadouro. ;O ideal é fazer a limpeza periodicamente ou cobrir os locais. Cloro e água sanitária contribuem para eliminar o ovo [do mosquito];, informa.

[SAIBAMAIS]Rafaela explica que os ovos deixados pelo mosquito aguentam até um ano sem água e que basta um único contato com a água, em até dez dias, para eles se transformem em mosquitos aptos a transmitir a doença. A bióloga alerta, no entanto, que não é suficiente vistoriar o próprio quintal, se o vizinho não fizer a sua parte.

;O mosquito tem uma capacidade de voar até 800 metros. Se você não cuida, mas o seu vizinho cuida, ele pode ser picado por um mosquito que nasceu até 800 metros de distância da casa dele;, disse a pesquisadora. ;Por isso, é tão importante que haja um esforço da comunidade em geral, de todo mundo;, completa.

As vistorias devem ser feitas em caixas d;água, para verificar que estão vedadas, calhas de chuva, ralos externos, vasilhas de animais, bandejas de ar-condicionado e de geladeiras, além de vasos sanitários desativados ou pouco utilizados e todos os outros locais que possam acumular água.

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