Ciência e Saúde

Técnica inovadora obtém sucesso contra a síndrome do membro fantasma

Chamado de dor fantasma ou síndrome do membro fantasma, afeta cerca de 70% das pessoas amputadas

Isabela de Oliveira
postado em 11/03/2014 06:45
Ortiz-Catalan: disposição de trabalhar com pesquisadores brasileiros

Em 1965, um trabalhador rural sueco sofreu um acidente que lhe tirou metade do braço direito. Além de precisar se adaptar a uma nova forma de vida, o homem, hoje com 72 anos, passou a sofrer com dores constantes que muitas vezes beiravam o insuportável. E onde doía? Exatamente na parte que não estava mais presa a seu corpo. Mesmo depois de amputados, a mão e o antebraço o incomodavam muito, a ponto de não deixá-lo dormir várias noites.



O fenômeno, apesar de parecer estranho, já é conhecido da medicina. Chamado de dor fantasma ou síndrome do membro fantasma, afeta cerca de 70% das pessoas amputadas. O problema ainda tem suas causas estudadas (leia mais ao lado) e costuma ser combatido com técnicas como a terapia do espelho, a hipnose, a acupuntura e medicamentos. Mas, para muitos pacientes, essas abordagens não são eficazes. É o caso do cidadão sueco, que, por 48 anos, teve de conviver diariamente com a dor no membro perdido, até se tornar voluntário em um experimento conduzido no ano passado na Universidade Técnica Chalmers e cujos resultados foram descritos recentemente na revista Frontiers in Neuroscience.

Ao participar da pesquisa, coordenada por Max Ortiz-Catalan, o paciente, que não teve a identidade revelada, foi o primeiro a experimentar um método que lança mão da realidade virtual para enganar o cérebro e combater a dor fantasma. Com a técnica, ele podia ver sua imagem no vídeo complementada por um braço virtual. E o melhor: conseguia mover o membro de mentira, como se ele fizesse parte de seu corpo.

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