Ciência e Saúde

Governo do Acre quer controle rigoroso na entrada de imigrantes senegaleses

Surto de ebola levou o governo do estado a pedir controle mais rígido do governo federal

postado em 31/08/2014 19:02
O crescente número de senegaleses que têm cruzado as fronteiras do Brasil com o Peru nas últimas semanas e a preocupação com o surto de ebola que assusta a população de países africanos e autoridades de saúde de todo o mundo levou o governo do Acre a pedir ao governo federal um controle mais rígido sobre o estado de saúde dos imigrantes que chegam aos postos de fronteira acrianos.

O pedido do governo estadual para que o Ministério da Saúde desloque especialistas para orientar o trabalho dos servidores da Polícia e da Receita Federal que atuam nos postos de fronteira foi feito à ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, Ideli Salvatti, na última sexta-feira (29) ; mesmo dia em que autoridades do Senegal confirmaram o primeiro caso de um senegalês infectado pelo vírus da doença. Trata-se de um universitário de 21 anos, que está internado em um hospital da capital Dakar.

Segundo a assessoria da Secretaria de Direitos Humanos, os ministérios da Saúde e da Justiça já foram informados sobre as demandas das autoridades acrianas. Representantes do governo federal devem se reunir esta semana para analisar a necessidade de providências para garantir a segurança da população e dos profissionais que trabalham na fronteira.

Na sexta, ao viajar para Rio Branco, a ministra visitou um abrigo onde mais de 100 imigrantes, a maioria vinda do Haiti e de países africanos, aguardavam para regulamentar sua situação e, assim, poder trabalhar. Ao menos 20 senegaleses faziam parte do grupo.

No início do mês, a Secretaria de Assistência Social minimizou as chances de alguém infectado pelo vírus ebola chegar ao Brasil nas condições a que estão sujeitos os imigrantes que cruzam a fronteira terrestre com os países vizinhos, em busca de trabalho.

Também na sexta-feira, o Ministério da Saúde fez uma simulação de resposta a um eventual caso de ebola em um turista estrangeiro.

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