Ciência e Saúde

Para OMS, união de vacinas reduz as chances de disseminação da poliomielite

A recomendação é feita pela organização após testes com mais de mil crianças indianas

postado em 01/09/2014 08:35
A poliomielite é uma doença que afeta crianças e adultos, podendo levar à paralisia total ou parcial de membros. Na década de 1950, vacinas começaram a ser desenvolvidas para combater a enfermidade. Duas delas são as principais imunizações de hoje: a Sabin - com o vírus ativo da doença - e a Salk - com o micro-organismo inativo. Não há um consenso sobre qual das alternativas é a mais eficaz para ajudar a erradicar globalmente a pólio. Especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), porém, realizaram um estudo cujo resultado mostra que um tratamento combinado é a melhor abordagem.

A recomendação é feita pela organização após testes com mais de mil crianças indianas
Publicada na revista Science, a pesquisa foi feita na região de Uttar Pradesh, no norte da Índia, com cerca de 1 mil bebês e crianças. ;Esse já foi o epicentro da transmissão global de poliomielite. Então, qualquer resultado encontrado nesse ambiente poderia ser aplicado em outros lugares também;, justifica Roland Sutter, líder do estudo e coordenador de pesquisas sobre a poliomielite na OMS. Sutter ressalta que o debate acerca da eficácia das imunizações se deve às peculiaridades delas.



A Sabin tem um perfil único para aumentar a imunidade da mucosa, condição necessária para interromper a propagação da doença de pessoa para pessoa. ;Por isso, ela tem sido a forma de tratamento mais usada em todos os países;, explica Sutter. A Salk oferece a proteção pessoal, mas não auxilia tanto no combate à propagação da doença em comunidades porque não estimula a imunidade da mucosa da mesma forma que a primeira.

A desvantagem da Sabin, administrada por via oral, é que o vírus ativo presente nela é eliminado do organismo por meio das fezes, o que pode facilitar a contaminação em áreas com estruturas de saneamento básico precárias. Para erradicar a doença globalmente, Sutter afirma que será necessário desenvolver uma abordagem que combata a propagação da doença de pessoa para pessoa e também por meio de fezes contaminadas.

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