Ciência e Saúde

Novos estudos indicam algumas medidas alternativas para evitar a asma

Ter contato com animais nos primeiros meses de vida é uma delas

postado em 20/09/2014 12:55
José Teixeira, 43 anos, sofre com a asma desde pequeno. Até conseguir controlar de vez os sintomas da doença, o engenheiro civil foi submetido a uma diversidade de tratamentos. ;De 6 meses até os 16 anos, era com nebulização e remédio. Também fiz natação para aprender a respirar melhor;, conta. As intervenções ajudaram José a ficar livre do problema respiratório até os 24 anos. ;O médico me explicou que quem tem asma desde criança costuma não apresentar os sintomas durante a puberdade;, diz. Aos 40 anos, porém, os incômodos voltaram e José passou a ser medicado com a famosa bombinha, uma combinação de broncodilatadores e anti-inflamatórios.

José recorreu à nebulização e à natação para conter a asma quando criança. Hoje, usa a bombinha com broncodilatadores e anti-inflamatórios

Além do remédio, ele se preocupa em escolher móveis e decorações que sejam fáceis de limpar, impedindo o acúmulo de poeira, e evita ter animais dentro do apartamento. Mesmo tendo convivido com bichos de estimação na adolescência e não tendo crises respiratórias, ele pediu para a mulher não comprar um gato. ;Eu gosto muito, mas, por conta da asma dele, tive que abrir mão;, conta Gisandra Faria.

Mas, de acordo com os pesquisadores do centro de pesquisa alemão Helmholtz Zentrum München, uma alternativa para evitar que bebês desenvolvam a doença pode ser justamente uma atitude oposta à tomada pelo casal e vivenciada por José quando pequeno: o contato diário com bichinhos de estimação nos primeiros meses de vida. O estudo indicou que bebês que dormiram sobre o pelo de pets nos três primeiros meses apresentaram menos chance de ter a asma durante a infância.



;Estudos anteriores sugerem que micróbios encontrados em zonas rurais podem proteger contra a asma. Na pele animal, também podem ser encontrados vários tipos desse micro-organismo;, explica Christina Tischer, integrante da pesquisa. Os cientistas analisaram aproximadamente 2.500 recém-nascidos expostos à pele e ao pelo de animais durante o sono. Informações clínicas foram coletadas das crianças até elas completarem 10 anos.

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