Ciência e Saúde

Estimulação da medula espinhal é aperfeiçoada em nova pesquisa

Testado em ratos paraplégicos, sistema computacional ajustou automaticamente as correntes elétricas enviadas à coluna conforme a performance na caminhada. Experimentos com humanos ocorrerão em 2015

Isabela de Oliveira
postado em 25/09/2014 06:00
A reabilitação de pacientes com os movimentos totalmente comprometidos tem sido uma das áreas de maior destaque na neurociência. Pesquisadores suíços detalham hoje, na revista Science Translational Medicine, resultados que contribuem para este momento de otimismo. Eles desenvolveram uma forma de controlar, em tempo real, as patas de ratos completamente paralisados. O avanço, acreditam, pavimenta o caminho para o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes.

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O cérebro humano precisa de cerca de 30 watts para fazer o corpo funcionar. Quando os circuitos do sistema nervoso são danificados após um acidente de carro, por exemplo, essa transmissão de energia fica comprometida. Daí resultam os casos devastadores de paralisia. O alvo dos cientistas, agora, é reconstruir o caminho que a eletricidade do cérebro percorre para chegar aos membros inativos. A técnica usada para isso é chamada de estimulação elétrica epidural (EES), que alimenta o cérebro e a medula espinhal com correntes elétricas.


[SAIBAMAIS]Em abril deste ano, pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde e da Fundação Christopher e Dana Reeve, nos Estados Unidos, anunciaram que quatro paraplégicos foram capazes de mover voluntariamente os músculos paralisados após serem tratados com a EES. Embora essa tecnologia tenha o potencial de melhorar drasticamente a qualidade de vida de quem perdeu a capacidade de locomoção, ela necessita de constantes reajustes e readaptações de acordo com a situação do paciente. O modelo desenvolvido por Nikolaus Wenger, não.

Orientado por Grégoire Courtine, autor sênior da pesquisa, Wenger ;aperfeiçoou; a EES. O experimento desenvolvido no Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Lausanne foi feito com ratinhos que sofreram uma ruptura total na coluna. Weger criou um sistema computacional autorregulado que permitiu o controle contínuo dos movimentos das patas das cobaias sem a preocupação com a calibragem manual de fatores como largura de pulso elétrico, amplitude ou frequência dos ajustes (veja infográfico).

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