Ciência e Saúde

Fungos na Antártida têm substâncias que podem tratar doenças como a dengue

Integrantes da iniciativa no Brasil partem no mês que vem rumo ao continente gelado para coletar o material.

Pedro Cerqueira/Estado de Minas
postado em 30/09/2014 08:15
Belo Horizonte ; O desenvolvimento de medicamentos para o tratamento e a cura de doenças como dengue, leishmaniose, mal de Chagas e malária pode estar em fungos encontrados somente na Antártida. Investigar o potencial terapêutico desses organismos é o objetivo do Projeto MycoAntar, coordenado pelo professor Luiz Henrique Rosa, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG). Integrantes da iniciativa partem no mês que vem rumo ao continente gelado para coletar o material.

Na nova fase de pesquisa, a coleta de material será focada no gelo, na neve e nos lagos

Engana-se quem pensa que a equipe é formada apenas por ;marinheiros de primeira viagem;. Esta será a sétima vez que o professor Rosa vai à Antártida e, pelo que parece, o interesse em torno da identificação de fungos com potencial de produzir medicamentos está aumentando. ;Até então, nosso trabalho era parte de um projeto voltado ao estudo geral de micro-organismos. Tanto que nossas coletas se concentravam na Península Antártica (parte mais próxima à América do Sul). Agora, o foco do projeto, que vai até 2017, é apenas a coleta de fungos;, explica o coordenador, contando que os resultados dos estudos iniciados em 2006 renderam diversas publicações científicas, o que deu mais visibilidade ao trabalho.



Se a viagem está marcada para novembro, os preparativos já começaram há muito tempo. Todo coordenador de projetos desenvolvidos na Antártida precisa mapear anteriormente as regiões por onde existe o interesse de passar para estabelecer a rota do navio. De acordo com Rosa, a embarcação tem uma boa estrutura de laboratórios, mas é preciso enviar os equipamentos específicos para sua pesquisa. Como o Polo Sul é inóspito, quem vai para lá precisa passar por um treinamento, dado pela Marinha do Brasil, a fim de conhecer as particularidades e os perigos da região.

A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação