Ciência e Saúde

Pesquisa revela que conhecer-se bem ajuda no controle dos sonhos

Segundo pesquisa alemã, pessoas capazes de comandar o conteúdo onírico apresentam maior atividade em parte do cérebro associada à autorreflexão, a habilidade humana de pensar sobre si mesmo

Paloma Oliveto
postado em 01/02/2015 08:05
É no universo onírico que se passa um terço da vida. Ainda assim, pouco se conhece desse palco misterioso, onde as mais improváveis situações são encenadas. Nos sonhos, voar é possível, assim como respirar debaixo d;água, cair de penhascos sem se machucar, falar com quem já se foi há muito tempo, viajar ao passado e ao futuro... Algumas pessoas não são apenas protagonistas, mas também autoras e observadoras dessas experiências. De alguma forma, elas sabem que estão sonhando e, eventualmente, conseguem até manipular os acontecimentos.

De acordo com especialistas, todos já tiveram essa experiência alguma vez, mas apenas um grupo seleto é capaz de ter os chamados sonhos lúcidos com maior frequência. O assunto é popular na internet, onde há centenas de fóruns nos quais leigos trocam relatos e ensinam técnicas para controle de sonhos. Existem até aplicativos para smartphones com esses mesmos objetivos. Já para a ciência, o interesse em estudá-los relaciona-se à compreensão maior da autoconsciência.

Agora, pesquisadores do Instituto Max Planck de Desenvolvimento Humano, em Berlim, e do Instituto Max Planck de Psiquiatria, em Munique, descobriram que a área do cérebro associada à autorreflexão ; a habilidade que, em princípio, só o homem tem, de pensar sobre si ; é maior naqueles que costumam ter sonhos lúcidos. Dessa forma, os cientistas acreditam que pessoas capazes de saber que estão sonhando possivelmente também são aquelas com maior potencial de metacognição quando acordadas.

Estudos prévios já haviam identificado que o córtex pré-frontal anterior é a região cerebral que controla os processos cognitivos conscientes, tendo um papel crucial na capacidade de autorreflexão. Na pesquisa atual, voluntários completaram um questionário sobre suas habilidades como sonhadores lúcidos e passaram por um exame de ressonância magnética estrutural e funcional.

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