Ciência e Saúde

Meditação aliada a psicoterapia pode ser eficaz a depressão

A prática pode evitar novas crises em pacientes com depressão, diz estudo

Paloma Oliveto
postado em 03/05/2015 08:01
Estudos apontam o potencial da prática milenar da meditação para combater, além da depressão, males como o câncer e a síndrome do pânico
Alguns minutos diários de retiro interior pode ser uma abordagem eficaz no combate à depressão. Um estudo publicado na revista médica The Lancet sugere que a meditação mindfulness, ou de plena atenção, tem capacidade de prevenir a recorrência de um distúrbio mental que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta 350 millhões de pessoas e é a principal causa de incapacitação no trabalho. O artigo se soma a um corpo amplo de evidências científicas sobre o potencial dessa prática na luta contra diversas doenças imunológicas e inflamatórias, incluindo o câncer, e os distúrbios da mente, como ansiedade, estresse e síndrome do pânico.

[SAIBAMAIS]No estudo britânico, a técnica, que consiste em focar as próprias sensações e sentimentos (leia Para saber mais), foi tão eficaz quanto os antidepressivos no combate a recaídas de pacientes com alto risco de relapso. Os psiquiatras ingleses que conduziram a pesquisa afirmam que essa pode ser uma boa alternativa para pessoas que fazem o tratamento farmacológico, melhoram, mas não querem continuar tomando remédios na manutenção, um período de, no mínimo, dois anos.

Sarah Byford, professora do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King;s College London, coautora do artigo, explica que o interesse na abordagem vem do fato de que um percentual signficativo de pessoas com histórico de depressão acabam abandonando o tratamento a longo prazo. ;Com isso, elas correm um risco alto, algo entre 50% e 80%, de sofrerem novos episódios ao longo da vida. Para enfrentar esse problema, temos de pensar em estratégias que previnam o relapso ou a recorrência naquelas pessoas mais vulneráveis. O importante é atenuar os fatores que as deixam suscetíveis; assim, pensamos que é possível quebrar esse ciclo depressivo;, diz.

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