Ciência e Saúde

Mudanças nos hábitos alimentares podem reduzir sintomas do Mal de Alzheimer

Baseado nos princípios da dieta mediterrânea, um novo regime alimentar elaborado por pesquisadores do Instituto Rush para Envelhecimento Saudável, nos EUA, promete manter o cérebro longe dessa ameaça

Paloma Oliveto
postado em 03/05/2015 08:02
O segredo para um cérebro lúcido pode estar no prato. Em um mundo cada vez mais assombrado pelo mal de Alzheimer, doença neurodegenerativa que afetará 115 milhões de pessoas até 2050, pesquisadores estão em busca de estratégias simplificadas para impedir o avanço desse mal ainda sem cura nem tratamento. A boa notícia é que mudanças nos hábitos alimentares podem reduzir significativamente os riscos de desenvolvimento do problema, além de trazerem outros benefícios à saúde em geral.

[SAIBAMAIS]Baseado nos princípios da dieta mediterrânea, um novo regime alimentar elaborado por pesquisadores do Instituto Rush para Envelhecimento Saudável, nos EUA, promete manter o cérebro longe dessa ameaça. Chamado Mind (mente, em inglês), o programa diminui em até 53% os riscos da doença, segundo um artigo publicado na edição deste mês da Alzheimer;s & Dementia, revista da Associação de Alzheimer americana. Para tanto, nem é preciso seguir as recomendações religiosamente, prometem os autores do estudo.

A dieta não surgiu da noite para o dia, mas se baseia em informações científicas produzidas ao longo das últimas décadas a respeito de alimentos e nutrientes que fazem bem ou mal para o funcionamento mental, explica o cardápio da Mind. Além dos ingredientes da dieta mediterrânea, reconhecidamente a mais saudável do mundo, entram elementos do programa Dash, desenvolvido para combater a hipertensão. Ambos reduzem o risco de doenças cardiovasculares e, segundo estudos anteriores, têm um potencial protetivo contra a demência.

A Mind baseia-se em 15 componentes dietéticos: 10 são saudáveis e cinco devem ser cortados ou, pelo menos, reduzidos. No primeiro grupo, estão folhas verdes, vegetais, nozes, frutas vermelhas e roxas, feijões, cereais integrais, peixe, aves, azeite de oliva e vinho. Já a lista dos ingredientes mais nocivos é formada por carne vermelha; derivados do leite como manteiga, margarina e queijo; massas; doces e alimentos fritos ou de fast food. Para segui-la, deve-se ingerir ao menos três porções de cereais integrais (centeio, quinoa e milho, por exemplo), uma salada e outro vegetal à escolha todos os dias, além de uma taça de vinho tinto. Um lanche de nozes é bem-vindo diariamente; as leguminosas devem ser ingeridas dia sim, dia não (veja quadro). Já os alimentos menos saudáveis ; especialmente a manteiga, o queijo e as frituras ; devem ser consumidos, no máximo, uma vez por semana.

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