Ciência e Saúde

Peça importante na integração nacional, Rondon completaria 150 anos hoje

Isabela de Oliveira
postado em 05/05/2015 06:17

De tantas realizações fundamentais na história, a vida de algumas pessoas parece saída dos livros de ficção. Evidentemente, como em qualquer figura humana, suas trajetórias podem ser repletas de contradições, mas a coleção de feitos fantásticos acaba dando a essas pessoas o título de heróis. É, sem dúvida, o caso do Marechal Cândido Rondon, cujos 150 anos de nascimento são comemorados hoje, merecendo uma série de homenagens, como uma coleção especial de selos lançada em parceria pelos Correios e pelo Instituto Mackenzie.

São inúmeros os feitos de Cândido Mariano da Silva, como foi batizado ao nascer, em 1865, em Mimoso (MT). A história de Rondon começou a se desenrolar muito antes dessa data: descendente da tribo dos Bororo, Guaná e Terena, transformou-se em um dos maiores defensores da causa indígena no Brasil. Talvez não alçasse esse reconhecimentose não fosse órfão ; o pai, Cândido Mariano, morreu antes de o menino nascer, e a mãe, Claudina Lucas Evangelista, dois anos depois.

O sobrenome Rondon foi adotado já adulto, em homenagem ao tio Manuel Rodrigues da Silva Rondon, que prometeu a Cândido, no leito de morte, que cuidaria do sobrinho. O tio levou o menino para estudar em Cuiabá e o incentivou a se mudar para o Rio de Janeiro, onde Rondon encontrou com o destino na Escola Superior de Guerra.

O momento não podia ser melhor para um militar aplicado. No fim do século 19, o capitalismo exigia uma mudança radical na forma como o país lidava com a economia e a infraestrutura. Para se ter ideia do quão urgente era conectar o interior à costa, a notícia de que a família real havia voltado a Portugal em 1889 chegou a Mato Grosso com um mês de atraso. Por já ter ajudado em outras missões, Rondon foi designado para liderar a comissão que estabeleceria as linhas telegráficas de Mato Grosso a Goiás. De 1892 a 1930, desbravou regiões de mata fechada que, até então, eram pouco conhecidas do povo do mar. Era uma missão difícil porque, além da dificuldade de locomoção, havia a ameaça dos indígenas, desacostumados com o homem branco.

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