Ciência e Saúde

Beber mais de quatro cafés por dia pode ser nocivo para a saúde

Em sete dos 13 países analisados pela EFSA, uma parte da população adulta consome mais que a dose diária sem risco, de 400 mg por dia

Agência France-Presse
postado em 27/05/2015 08:04
Bruxelas, Bélgica - O consumo de mais de 400 miligramas de cafeína por dia, o equivalente a quatro cafés expressos ou uma mistura de cafés, refrigerantes e energéticos, pode ser nocivo para a saúde, em especial para as mulheres grávidas e os menores de 18 anos. O alerta foi divulgado pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).

Para um adulto, a dose diária sem risco é de 400 mg por dia

Em consequência, a EFSA recomenda, pela primeira vez na União Europeia (UE), o estabelecimento de um limite para a dose diária de ingestão de cafeína, de todas as fontes de alimentos. Acima do recomendado, o consumo passa a ser considerado um risco, em particular em termos de problemas cardiovasculares.

[SAIBAMAIS]Para um adulto, a dose diária sem risco é de 400 mg por dia. Um café expresso oscila entre 70 mg e 100 mg, afirmou à AFP um porta-voz da EFSA. As grávidas podem ingerir sem risco até 200 mg por dia, para evitar efeitos colaterais na gravidez. Para os adolescentes ou crianças o recomendado é o máximo de 3 mg por quilo de índice de massa corporal.



Os adolescentes estão particularmente expostos com o consumo de bebidas energéticas e refrigerantes com cafeína em sua fórmula. "O risco para a saúde não é enorme, mas existe. A principal mensagem é que os consumidores devem levar em consideração as diferentes fontes de cafeína, além do café", comentou o porta-voz. "Esta é a primeira vez que avaliamos na UE os riscos vinculados à cafeína, incluindo todas as fontes de alimentos", afirma a EFSA em um comunicado.

Em sete dos 13 países analisados pela EFSA, uma parte da população adulta consome mais que a dose de 400 mg. A Dinamarca está em primeiro lugar, com uma taxa de 33% dos adultos que abusam da cafeína, seguida por Holanda (17,6%), Alemanha (14,6%), Finlândia (13,4%), Bélgica (10,4%), Suécia (9%) e França (5,8%).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação