Ciência e Saúde

Universidade cria máquina eficaz para analisar digitais e linhas da mão

O objetivo é usar o novo método para prever problemas genéticos, como a propensão de casais terem filhos com lábio leporino

Marinella Castro/Encontro BH
postado em 29/06/2015 06:00
O objetivo é usar o novo método para prever problemas genéticos, como a propensão de casais terem filhos com lábio leporino

Belo Horizonte ; Olhando a palma da mão, a cigana garante decifrar as linhas e revelar o futuro. Usando equações matemáticas precisas, a ciência consegue desvendar o dono das intrincadas digitais. Os dados dermatoglíficos armazenados nas pontas dos dedos e nas mãos são ricos em informações que podem dizer muito sobre os indivíduos. São capazes de ajudar investigadores a descobrir o autor de ações praticadas no passado ou de revelar um pouco do futuro, como as propensões de um casal a ter filhos com fissura labiopalatina ou lábio leporino. Em busca de tornar as informações contidas nesses dados mais acessíveis aos estudos científicos, pesquisadores brasileiros desenvolveram um coletor palmar, equipamento que permite colher as impressões digitais de forma simples e com baixo custo.

A pesquisa que deu origem ao equipamento foi desenvolvida pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e pelo Centro Pró-Sorriso da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas), com apoio do Programa de Incentivo à Inovação (PII), parceria entre o Sebrae e a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes). O Centro Pró-Sorriso é referência no tratamento de anomalias como o lábio leporino, problema congênito que provoca uma abertura no lábio e no céu da boca em recém-nascidos. Em parceria com a Unimontes, são desenvolvidos estudos sobre os fatores de risco genéticos e ambientais que podem estar relacionados ao mal.

;Durante pesquisa envolvendo as fissuras de lábio e palato, percebemos que havia uma carência de equipamentos para a realização dos estudos dermatoglíficos. As informações contidas nas pontas dos dedos e na palma da mão podem indicar alterações patológicas e não patológicas;, explica o professor de estomatologia na Unimontes e coordenador da pesquisa, Hercílio Martelli Junior. A partir da identificação de que os coletores palmares existentes no mercado tinham custo elevado, o grupo desenvolveu um equipamento simples e barato, mas bastante eficaz. O coletor palmar foi patenteado e se mostrou eficiente na tarefa de capturar com precisão as ranhuras da mão.

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