Ciência e Saúde

América Latina: cerca de 1,7 mi de pessoas receberão tratamento contra aids

Segundo um relatório da Unaids, o número de pacientes tratados com antirretrovirais em todo o mundo chegou aos 15,8 milhões de pessoas em junho de 2015

Agência France-Presse
postado em 24/11/2015 19:55
Panamá - Cerca de 1,7 milhão de pessoas da América Latina e do Caribe deverão receber tratamento contra o hiv/aids para erradicar a epidemia na região até 2030 - alertou nesta terça-feira o diretor da Unaids para a região, César Núñez.

"Em 2014, cerca de 900 mil pessoas recebiam terapia antirretroviral na América Latina e no Caribe. Estimamos que para 2020 aproximadamente 1,7 milhão de pessoas devem receber tratamento para colocar fim à epidemia até 2030", disse Núñez à AFP.

Caso esse número de 1,7 milhão de pessoas seja alcançado, cerca de 90% das pessoas com hiv, vírus causador da aids, receberiam tratamento na região.



A Unaids, cuja sede regional para a América Latina e o Caribe fica no Panamá, fez um apelo mundial nesta terça-feira para duplicar em cinco anos o número de pessoas que estão em tratamento.

Segundo um relatório da Unaids, o número de pacientes tratados com antirretrovirais em todo o mundo chegou aos 15,8 milhões de pessoas em junho de 2015. Sem dúvida, esse número é menos da metade dos 36,9 milhões de indivíduos com hiv no mundo.

No caso da América Latina e do Caribe, os que recebem tratamento são 46%, enquanto apenas 70% dos portadores do hiv conhecem seu status.

"A América Latina e o Caribe estão se aproximando de suas metas de tratamento" mas "é preciso se dirigir aos lugares que vão nos dar mais retorno", disse Núñez.

"Não se trata necessariamente de aumentar os recursos, mas de sermos mais eficientes com os recursos disponíveis" para adotar medidas de prevenção e acesso aos medicamentos, acrescentou.

Segundo o funcionário da Unaids, os governos devem ter como foco os locais com maior incidência da doença, como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, no Brasil, Santiago, Buenos Aires, Lima, Kingston ou Colón no Panamá.

Além disso, considerou importante a redução de preços dos medicamentos e saudou a recente negociação conjunta entre os países da Unasul para adquirir antirretrovirais.

Segundo a Unaids, desde o ano 2000 o número de mortes em decorrência da aids caiu na América Latina e no Caribe, ao passar de 18.000 a 8.800 e de 60.000 a 41.000, respectivamente.

Além disso, o número de novas infecções anuais também caiu no mesmo período após passar de 100.000 a 87.000 casos na América Latina e de 27.000 a 13.000 no Caribe.

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