Ciência e Saúde

Mulher de pentacampeão lança livro com informações sobre câncer no cérebro

A viúva, Vânia, acaba revela na obra informações mais humanizadas sobre o glioblastoma multiforme e as memórias da maior batalha do casal

postado em 13/12/2015 07:30
Ronaldo Nacaxe morreu em 28 de abril, aos 57 anos. Enquanto pôde, o atleta escreveu um diário sobre a doença
Em março de 2014, Ronaldo Nacaxe foi convidado a realizar a abertura oficial de um campeonato de arco e flecha em Sertãozinho, município no interior de São Paulo. Com microfone e fichas do protocolo em mãos, bem na hora de apresentar as autoridades presentes, o pentacampeão brasileiro e campeão sul-americano da modalidade parecia não saber o que dizer. Era como se os cartões estivessem em branco. Desconcertado, foi socorrido por Vânia Nacaxe, mulher e mestre de cerimônias, que simulou um problema no som para disfarçar o embaraço do marido. A partir de então, surgiu a desconfiança de que algo na saúde do atleta estava errado. E estava, conforme constataram exames realizados nas semanas seguintes: um tipo incurável de tumor no cérebro contra o qual o arqueiro travou, durante 369 dias, uma batalha exaustiva.

Vânia conheceu o marido na década de 1970, em Brasília. Ela morava na 108 Sul e Ronaldo, servidor do Banco do Brasil, na 211 Sul. Na quadra dele, nasceu o grupo de amigos Boteco da 11, que exigiu que o livro Experiência de campeão (Editoria Coruja), escrito por Vânia a partir de um volume considerável de pesquisas, depoimentos e vivências sobre o glioblastoma multiforme (GBM), fosse lançado também em Brasília. Atendido no último dia cinco, o pedido foi realizado no Espaço Cultural Carpe Diem.

No decorrer das 226 páginas escritas em dois meses, Vânia fornece informações humanizadas e menos técnicas sobre o GBM, descoberto em Ronaldo no dia 23 de abril do ano passado. Esse câncer integra a família dos gliomas, tumores que atacam as células cerebrais. O diagnóstico não foi o primeiro contato do casal com o câncer cerebral: Vânia é amiga de infância de Oscar Schmidt, ex-jogador da Seleção Brasileira de Basquete, que luta desde 2011 contra um astrocitoma, tipo menos agressivo de glioma.

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