Ciência e Saúde

Droga para tratar tumor surge como alternativa para prevenção ao Alzheimer

O resultado obtido por pesquisadores britânicos abre outras possibilidades de terapias que protejam os neurônios

Vilhena Soares
postado em 13/02/2016 08:10
Uma droga usada no combate a tumores surge como alternativa promissora para a prevenção ao Alzheimer. Pesquisadores do Reino Unido descobriram que o medicamento bexaroteno ; prescrito em tratamentos de linfoma cutâneo ; pode agir como um escudo protetor para a doença neurodegenerativa. Eles testaram a substância em vermes programados para ter a enfermidade e descobriram que ela impediu que placas da proteína beta-amiloide, que provocam esse tipo de demência, se formassem no cérebro dos animais. Os autores do estudo, publicado na edição de hoje da revista Science Advances, acreditam que o resultado pode ajudar a combater também outros tipos de males que destroem os neurônios.

Nas últimas décadas, os cientistas investigaram minuciosamente como o Alzheimer se forma. Com base em um método de análise minucioso, os investigadores britânicos conseguiram determinar o que ocorre em cada estágio de desenvolvimento da doença. O objetivo principal era descobrir como bloquear a aglomeração de beta-amiloide. ;Esse estudo é baseado em uma abordagem que temos desenvolvido nos últimos 10 anos para acompanhar, com alta precisão, o processo de agregação dessas proteínas. O nosso método, que se baseia na cinética química (ciência que estuda a velocidade das reações químicas), nos permitiu avaliar minuciosamente esse processo;, explicou ao Correio Michele Vendruscolo, uma das autoras do estudo e pesquisadora do Departamento de Química da Universidade de Cambridge.

Após essa primeira etapa, os cientistas saíram em busca de uma droga que pudesse combater o acúmulo das proteínas. Para isso, analisaram mais de 10 mil pequenas moléculas que interagiam de alguma forma com as placas beta-amiloide. Entre elas, o bexaroteno, que já havia sido explorado em outras pesquisas como um possível auxiliar no combate ao Alzheimer. Os cientistas testaram a droga em vermes antes e depois de eles apresentarem sintomas. Notaram que a droga provocou efeito protetor ao ser administrada apenas quando os sinais da enfermidade não tinham surgido nas cobaias.

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